quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Top AFP

As tabelas da AFP deixaram de ser transmitidas na televisão após o fim do programa "Top+" em Dezembro de 2012.

TELEVISÃO

O "TOP +"  era um programa semanal produzido com o objectivo de divulgar o Top Nacional de Vendas elaborado pela Associação Fonográfica Portuguesa.

Era um dos programas mais antigos da televisão portuguesa. O TOP + nasceu na RTP em 29 de Setembro de 1991. A autoria do programa foi de António Avelar Pinho e o realizador era Diamantino Ferreira. O programa foi produzido por entidades como a Miragem, a Edipim ou mais recentemente a Valentim de Carvalho.

Pela apresentação do programa passaram nomes como Catarina Furtado (1991-1992), João Vaz (1991-1993), Sofia Louro (1993-1994), Susana Oliveira, Margarida André e Lara Maia (1994-1996), Elisabete Caixeiro (), Carla Caldeira (1996-1997), Pedro Ribeiro (1997-2001), Rita Seguro (1997-2000), Maria João Simões (2001-2002), José Carlos Malato (2002) e Ana Lamy (2002) e Francisco Mendes e Isabel Figueira (2002-2012).

A AFP ainda tentou manter o programa negociando a sua transmissão com outros canais de televisão mas nada foi concretizado.

RÁDIO

Na rádio são divulgadas parcialmente, apenas com nomes lusófonos, no programa "Hotel Internacional" da RDP Internacional. A Rádio Comercial, na década de 1990, chegou a ter uma rubrica (Top A.F.P.) em que semanalmente eram divulgadas as novas tabelas:

A Comercial é a Rádio Oficial do Top Nacional de música, e às 4ªs feiras, ao meio-dia, antecipa-se e diz-lhe quais os discos mais vendidos em Portugal.
As subidas e as descidas, o desfile dos melhores, com apresentação e edição de João Vaz comentários de João Pedro Bandeira
INTERNET/OUTROS

Na internet são divulgadas apenas nos sites Cotonete, Artistas e Espectáculos, Portuguese Charts e AFP. Actualmente o site Portuguese Charts é o único que permite consultar as tabelas de datas anteriores ao contrário do que acontecia anteriormente nos sites da AFP ou A&E.

As tabelas deixaram de ser divulgadas pela agência Lusa o que também levou à diminuição do númeiro de meios de comunicação em que as tabelas são divulgadas.

SITE DA AFP

Um verdadeiro top científico, o primeiro electrónico em toda a Europa, a par do britânico, só aconteceu em 1997, com a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).
 
As tabelas são elaboradas pela AC Nielsen. Apesar da sofisticação do sistema, lançado em Março de 1997, lamenta-se que o site da AFP não contenha mais informação (discos mais vendidos, galardões, tabelas anteriores, curiosidades, etc) e que a informação sobre os discos mais vendidos em cada ano não estejam a ser divulgados com mais rapidez.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Gemini / Doce

Os Gemini foram a primeira banda portuguesa a receber oficialmente um disco de ouro [para o álbum "Pensando Em Ti"]. Venderam mais de 130 mil discos num ano. Em 1978, venceram o Festival da Canção e representaram Portugal na Eurovisão com o tema inconfundivel "Dai li dou".

Estávamos em [fins de] 1976, quando o tema "Pensando em Ti" explodiu nas tabelas de vendas. Foi um sucesso sem precedentes nas rádios, reproduzido ao vivo em concertos por todos o país. O grupo formado por Tozé Brito, Mike Seargent, Teresa Miguel e Isabel Ferrão tinha uma imagem distinta. Remava contra a maré. Em vez de seguir a tendência da época, o canto livre, optou pela pop, à imagem do que faziam na Europa os ABBA.

Esta semana o ‘Perdidos e Achados’ re-encontra os Gemini. Quisemos saber como recordam a banda, o sucesso e as músicas que marcaram uma geração inteira de portugueses.

SIC, 10/02/2013

Video

Considerando que os Green Windows tinham deixado de fazer sentido, os restantes elementos decidem que o Verão de 1976 seria o último Verão de espectáculos. São editados os dois últimos singles ("Lembranças" e "Só Eu Sei, Meu Amor") antes de mudarem de nome para Gemini. "Pensando em Ti", o primeiro sucesso dos Gemini, é editado em Dezembro de 1976. O single domina as tabelas semanas nos primeiros meses de 1977.

Em 1978 vencem o Festival RTP da Canção com "Dai Li Dou" e nesse mesmo ano recebem o primeiro disco de ouro para o álbum "Pensando Em Ti".

Na reportagem foi revelado que o nome do grupo (Gemini) era uma palavra que estava no isqueiro do manager da banda, Ivan H. Hancock, nome já referido neste blog pois esteve na génese das tabelas Top 20  e Top Música & Som.

Depois do fim do grupo, aquando da entrada de Tozé Brito para A&R da  Polygram, é formado o grupo Doce com dois elementos do grupo (Fátima Padinha e Teresa Miguel). Isabel Ferrão também foi convidada mas estava grávida.

Tozé Brito e Mike Sergeant foram autores de muitos dos temas das Doce. Nos primeiros espectáculos das Doce não havia músicas suficientes e tiveram de cantar temas dos Gemini.


Teresa Miguel em 1985 com galardões de Gemini e Doce
GEMINI: 1976 - 1979

(Discos em maior destaque)

SINGLES - PENSANDO EM TI - 1976 (Nº 1 TOP MÚSICA & SOM, SINGLE NACIONAL MAIS VENDIDO EM 1977)
ALBUNS - PENSANDO EM TI - 1977 (DISCO DE OURO - O 1º ATRIBUIDO EM PORTUGAL) / DAI LI DOU - 1978 (DISCO DE PRATA)

DOCE: 1979 - 1987

(Discos em maior destaque) 

SINGLES - AMANHÃ DE MANHÃ - 1980 (DISCO DE OURO + DISCO DE PRATA - Não existia o galardão de Platina) / DOCE - 1980 (DISCO DE PRATA) / ALI BÁBÁ - 1981 (DISCO DE PRATA - 4 º LUGAR NO FESTIVAL RTP DA CANÇÃO, MÚSICA MAIS VENDIDA DE SEMPRE RELATIVA A UM FESTIVAL DA CANÇÃO) / BEM BOM - 1982 (DISCO DE PRATA/

ALBUNS - OK.KO. - 1980 (DISCO DE PRATA) / É DEMAIS - 1981 (DISCO DE PRATA) / DOCEMANIA - 2003 (DISCO DE PRATA)

As Doce com os autores de "Amanhã de Manhã" (1980)


 (...) no Natal de 1973 decidimos criar os Green Windows», projecto que numa linha musical diferente da do anterior [1111] viria a conseguir alguns sucessos no seu trajecto. «Apostamos numa vertente assumidamente comercial e mercantilista, que não tinha nada a ver com a que fazíamos no Quarteto 1111. Tratava-se de música alegre, pensando no entretenimento puro e com uma componente lúdica muito forte» entende Tozé Brito que prosseguindo a sua "viagem" pelo passado recorda a estreia auspiciosa dos Green Windows: «O primeiro disco gravado foi o "Vinte Anos". E para surpresa nossa vendeu mais de 100 mil exemplares, que foi uma pedrada no charco porque em Portugal um disco vender-se dessa maneira era uma barbaridade» remata o autor com José Cid do tema.

Após a gravação do disco e apesar do êxito do projecto, Tozé Brito foi para Inglaterra, onde esteve dois anos a estudar numa faculdade em Londres. Período que, coincidindo com a prestação do serviço militar, fez com que o músico não viesse a ser mobilizado para a Guerra do Ultramar. Uma vez que o seu "regresso" ao país, foi após o 25 de Abril de 1974. «Fiz a tropa normalmente. E depois criei os Gemini no final de 1976». Isabel Ferrão, Teresa Miguel, Mike Sargent e o nosso interlocutor eram os elementos do quarteto de "Pensando em Ti", que segundo o último era a continuação dos Green Windows: «No sentido em que havia a preocupação de fazer música para divertir as pessoas. E penso que a aposta foi ganha porque conseguimos vender, sem exagero, centenas de milhar de discos, em 1976, quando estamos em pleno PREC (Processo Revolucionário em Curso) e haviam os cantores de intervenção e os cantos livres, com um estilo musical que ia contra a corrente do que então existia. Mas a nossa preocupação não era essa» apressa-se a esclarecer Tozé Brito que se refere aos suecos ABBA como fonte inspiradora para a fundação dos Gemini: «Não vou esconder, de forma nenhuma, que fomos um pouco na fórmula deles, os quais não tendo mais de um ano, vendiam milhares de discos no mundo inteiro. E os Gemini eram um pouco os ABBA à portuguesa» sustenta o fundador do projecto de que "Pensando em Ti" foi uma das canções mais populares.Entretanto Tozé Brito viria a ser convidado para ingressar nos quadros da então Polygram, actualmente Universal, como director de A&R (artistas e reportório) no departamento de música portuguesa. O que fez com que o quarteto, apesar de êxito que continuava a ter, viesse a terminar. «Mas ficámos com duas bebés na mão» conta o entrevistado aludindo a Fátima Pafinha e a Teresa Miguel «que nos perguntaram o que ia ser das suas vidas».

Uma questão à qual Brito "respondeu" com a criação de mais um projecto. Este totalmente feminino e que, igualmente, a exemplo dos anteriores fez história na música portuguesa sob o nome de Doce. «Tive então a ideia de ir à procura de mais duas. Uma foi a Lena Coelho que havia feito parte das Cocktail e nos últimos seis meses dos Gemini, substituindo a Teresa que tinha ido fazer uma peça de teatro. E a outra foi a Laura Diogo».

«Elas aparecem no Natal de 1979. E depois participam no Festival RTP da Canção em 1980 com o tema "Doce", o nome do grupo. A partir daí foram vários anos de sucesso contínuo» sublinha o mentor do projecto que se tornou na primeira “girlsband” portuguesa, apresentando não só um conjunto de canções que ainda hoje permanecem nos ouvidos de muitos portugueses, sendo "Bem Bom" e "Amanhã de Manhã" dois desses exemplos, como também um visual muito sugestivo.

Texto de José Savador/ DN Madeira, 09/02/2003

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mercado português em aflição

Dinheiro Vivo
Grandes superfícies encomendam cada vez menos CD às editoras e receitas continuam a cair

Vendem-se cada vez menos CD

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) ainda não divulgou os números oficiais de venda de música em 2012, mas a expectativa é de mais uma quebra significativa. Nos últimos anos, as vendas caem a um ritmo de 20% a 30% por ano e desde 2009 as receitas recuaram para quase metade.

"O mercado português ainda está muito dependente dos formatos tradicionais e enquanto não reverter esta tendência continuará a cair", indica Francisco Vasconcelos, administrador das Edições Valentim de Carvalho. "Infelizmente as lojas de música têm vindo a desaparecer e os CDs são cada vez mais consumidos em lojas multiproduto ou supermercados", frisa o responsável.

Armando Cerqueira, dono da editora Edisco, traça um cenário negro. "O mercado vem a cair todos os anos, os mercados tradicionais das editoras, as lojas de especialidade nas cidades estão praticamente extintas, sobrando somente as grandes superfícies, que devido a quedas enormes e consecutivas de vendas, cada vez menos apostam no produto", explica ao Dinheiro Vivo.

É o mesmo cenário que se vive na Vidisco, editora histórica do mercado português. "Vemos que as grandes superfícies compram menos 50% do que compravam há uns anos", revela fonte da editora. "Tentamos fazer acordos contratuais", indica, para minimizar o impacto da redução da procura.

Um dos problemas do mercado português é que a venda de CD nas lojas cai e não é compensada pelo aumento das vendas em plataformas digitais, ao contrário do que acontece na maioria dos mercados europeus. Enquanto a média de crescimento da venda digital na Europa é de 380% ao ano, em Portugal foi pouco mais de 54% em 2011.

A Edisco nem sequer tem a música à venda online. "Nós não trabalhamos com plataformas digitais pois o nosso público alvo não as utiliza", comenta Armando Cerqueira. "As vendas estão muito baixas mesmo."

O administrador da Valentim de Carvalho {agora associada à Iplay} sublinha que "O mercado digital no nosso país continua incipiente e as recentes decisões do Ministério  Público, que objetivamente protegem a pirataria, não vêm ajudar a criar um verdadeiro mercado digital. Francisco Vasconcelos refere que a editora aguarda "com expectativa o aparecimento de plataformas de streaming, como o Spotify e o Deezer, a criação da plataforma portuguesa do YouTube e a entrada do Google Play."

Na última década, segundo as contas da AFP, as receitas da indústria musical caíram 80%. "Está claramente em causa a sobrevivência" da indústria musical portuguesa, considera o presidente da AFP, Eduardo Simões.

Por Ana Rita Guerra / Dinheiro Vivo,  04/02/2013

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