quinta-feira, 8 de abril de 2010

Delfins



«Acho que é impossível refazer aqueles números da segunda metade dos anos 90 que aconteceram connosco, mas também com o Pedro Abrunhosa, o Paulo Gonzo e os Silence 4, porque isso prende-se com a ocorrência de fenómenos. Naquela altura os Delfins foram um fenómeno, uma moda. Nós temos consciência de que em Portugal há um público para discos pop/rock que talvez ande entre os 40 000 e os 80 000 - os outros compram se for moda ou se uma canção se torna muito popular. Não estamos nada preocupados com isso, muito sinceramente achamos que temos um bom disco, e vamos acompanhá-lo com mais algumas iniciativas. Por exemplo, a digressão que estamos a preparar não terá muito a ver com o formato do espectáculo para grande palco e grande ecrã vai ser uma coisa mais fechada para que as coisas possam acontecer de outra maneira.»


Entrevista a Miguel Ângelo (Delfins), Expresso, 06/05/2000


Acho que ter 300 e tal mil pessoas por semana a ver um programa de música [Miguel Ângelo Ao Vivo] é muito bom. O disco mais vendido de sempre em Portugal, o da Daniela Mercury, não conseguiu vender isso.


Entrevista a Miguel Ângelo, Expresso, 15/05/1999



Nos anos 80 não houve predominância nenhuma. Os Delfins começaram a ter algum sucesso nos anos 90. A grande dificuldade do “pop” em Portugal até ao fim dos anos 80 foi que, além de haver algumas coisas interessantes, como, por exemplo, Rádio Macau, não havia vendas massivas de discos. O período de viragem é os Resistência, que pela primeira vez popularizam no grande público os Delfins. A área “pop” nos anos 80 não vendia. E muitos jornalistas que defendiam muito essa área, porque estavam compreensívelmente fartos da canção de intervenção, diziam que iria ser “the next big thing”, mas nunca o era. É, portanto, um fenómeno muito mais dos anos 90. Nos anos 80 temos o Rui Veloso, os Xutos & Pontapés e em grande parte o Trovante, sendo que a nossa década é muito
mais a de 80 do que a de 70. Nessa época, o que saía do “pop” não tinha grande impacto.



Entrevista a Manuel Faria (Trovante) por A. Martins



SABER GANHAR


Em 1996, 600 mil pessoas assistiram a 66 espectáculos dos Delfins em todo o País, no Brasil, Suíça, Inglaterra, Marrocos e África do Sul. Nesse ano receberam onze discos de platina correspondentes a mais de 440 mil discos vendidos. Eram os tempos de ‘Saber Amar’, de desbravar caminhos, de aprender a andar e a amar. As dúvidas eram então muitas e as certezas novas e por conferir. Depois de reconquistada a inocência perdida, o ano passado não tocaram no estrangeiro e, apesar de terem feito a digressão Lótus Rádio, não foram além de cerca de 20 concertos.


CM, 01/02/2004


- O primeiro galardão que os Delfins receberam foi com o seu 3º álbum "Desalinhados" de 1990.



- A União Lisboa e a BMG homenagearam o grupo, em 1997, com a atribuição de um "Golfinho de Ouro" por vendas superiores a 500.000 discos. "Caminho da Felicidade" e "Saber A Mar" são dois dos discos mais vendidos em Portugal.

1 comentário:

paulo disse...

Exame - Volume 10 - Página 60 (1999)

O êxito de Delfins e Madredeus é provavelmente o expoente máximo do sucesso da fórmula então adoptada. Delfins é um caso particularmente curioso, porque o percurso da banda acompanha, quase a par e passo, o da sua agência. Por essa altura, a União Lisboa dificilmente poderia falar em lucros.


Em 1987, a banda editava o primeiro álbum — Libertação — e obtinha um modesto resultado. Apenas 1000 cópias.

Em 1997, os Delfins eram tão-so-mente responsáveis pelos dois discos mais vendidos em Portugal (mais de meio milhão de cópias) e obtinham o maior número de espectadores nos seus concertos (675 mil, no total do ano). (...)

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