segunda-feira, 17 de maio de 2010

Vendas de discos 2002

Laundry Service - Shakira
Álbuns em destaque:

Greatest Hits: Chapter One - Backstreet Boys (3#1)
Echoes - Pink Floyd (1#1) [ver também em 2001]
There You'll Be    - Faith Hill - #3
É Por Amor - Alexandre Pires - #5
Now 5 - Vários -
O Clone - Banda Sonora -
Sucessos Portugueses em Gregoriano I - Divinus (4#1)
Swing When You Are Winning - Robbie Williams - #3/
Dreams Come True - Gabrielle - #4/
Love Sensuality Devotion - Enigma - #2 -
Câmara Lenta - GNR (2#1)
Under Rug Swept Alanis Morissette - #3
Laundry Service - Shakira (22#1)
The Best Of MTV - Vários
Filha do Mar - Banda Sonora - #3 
Freak Of Nature - Anastacia - #2
Uma Guitarra Com Gente Dentro - Carlos Paredes - #5/
A New Day Has Come - Celine Dion - #2
Só Eu Sei… - Juventude Leonina (5#1)
O Clone Internacional - Banda Sonora -
Slow Motion - Supertramp - #4/
18 - Moby - #4/
Sei Onde Tu Estás! Ao Vivo - Xutos & Pontapés - #3
Green Eyed Soul - Sarah Connor - #5/
Come Away With Me - Norah Jones (1#1)
Lenny - Lenny Kravitz - #5/
The Eminem Show - Eminem - #4/
Only A Woman Like You - Michael Bolton - #5/
Electronico - Madredeus - #5/
By The Way - Red Hot Chilli Peppers - #2
Sandy & Junior - Sandy & Junior -
Getting Away With It... Live - James - #3
Best Of Dance 2002 - Vários (Som Livre) -
Caribe Mix 2002 - Vários (Vidisco) -
Now 6 - Vários -
Martinho Definitivo - Martinho da Vila - #2
A Rush Of Blood To The Head - Coldplay - #3
Stars: Best Of 1992-2002 - Cranberries (1#1)
Forty Licks - Rolling Stones (2#1)
Hijas del Tomate - Las Ketchup (2#1) [ver também em 2003]
Euforia - Madredeus - #3
Live In Paris - Diana Krall - #4/
The Best Of 1990/2000 - U2 (4#1)
Momento - Pedro Abrunhosa (5#1) [ver também em 2003]
Las Vegas - Divas - #4/
Cabeças No Ar - Cabeças No Ar - #3
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Balanço do Top nacional de álbuns

Shakira foi a rainha do top português em 2002. A cantora colombiana foi quem mais tempo passou no primeiro lugar do top nacional de vendas de álbuns ao longo do ano passado. Ao todo, Shakira foi durante 22 semanas a artista que mais vendeu em Portugal, com o álbum "Laundry Service".

Segundo o jornal Blitz, Shakira chegou ao lugar cimeiro do top a 19 de Março e só saiu definitivamente a 24 de Setembro. Isto porque o reinado foi interrompido por duas vezes - em Abril, pelo disco da Juventude Leonina (que foi número um durante cinco semanas), e em Junho, por Norah Jones (só durante uma semana).

A seguir a Shakira vem a Juventude Leonina e Pedro Abrunhosa com cinco semanas em primeiro (Abrunhosa é o actual número um). Depois vêm os U2 e os Divinus (quatro semanas no primeiro lugar do top), os Backstreet Boys (com três semanas), os GNR, os Rolling Stones e Las Ketchup (duas semanas) e, finalmente, Norah Jones, Cranberries e os Pink Floyd (que só foram primeiro durante uma semana). Segundo a AFP, terão sido este os discos mais vendidos em Portugal em 2002.

Site Antena 3, 24/02/2003


Discos mais vendidos - 2002

1 - Laundry Service - Shakira
2 - O Clone - Banda Sonora
3 - O Clone Internacional - Banda Sonora
4 - Now 6 - Vários
5 - Come Away With Me - Norah Jones
6 - A New Day Has Come - Celine Dion
7 - Sucessos Portugueses Em Gregoriano I - Divinus
8 - Freak Of Nature - Anastacia
9 - Câmara Lenta - GNR
10 - Best Of Dance 2002 - Vários (Som Livre)
11 - The Eminem Show - Eminem
12 - Só Eu Sei Porque Não Fico Em Casa - Juventude Leonina
13 - Escape - Enrique Iglésias
14 - Morango do Nordeste - Canta Bahia
15 - Martinho Definitivo - Martinho da Vila
16 - Caribe Mix 2002 - Vários (Vidisco)
17 - Greatest Hits Chapter One - Backstreet Boys
18 - Only A Woman Like You - Michael Bolton
19 - Sei Onde Tu Estás! Ao Vivo - Xutos & Pontapés
20 - Now 5 - Vários
21 - Getting Away With It… Live - James
22 - Swing When You Are Winning - Robbie Williams
23 - By The Way - Red Hot Chilli Peppers
24 - Filha do Mar - Banda Sonora
25 - Love Sensuality Devotion - Enigma
26 - Hijas del Tomate - Las Ketchup
27 - The Best Of MTV Unplugged - Vários (Universal)
28 - Lenny - Lenny Kravitz
29 - Sandy & Junior - Sandy & Junior
30 - Green Eyed Soul - Sarah Connor

Fonte: AFP

Disco A Recuperar, Mais Ainda em Crise

2002 correu melhor para a música portuguesa do que o ano anterior. Mas a ligeira retoma ainda é insuficiente para afastar o cenário de crise

Crise, crise e mais crise. Há ano e meio que não se fala de outra coisa. Na música, também. Tal como para outras áreas do entretenimento, a época de Natal também funcionou como balão de oxigénio para as editoras que viram os seus artistas portugueses venderem finalmente. Abrunhosa destacou-se com cinco semanas consecutivas no primeiro lugar do top de vendas de discos em Portugal, mas esse facto não elimina o essencial, como alguns responsáveis por editoras contactados pelo PÚBLICO reconhecem. A saber: as vendas de Natal evidenciam uma ligeira retoma, mas a crise está longe de ter sido debelada.

Durante anos, o advento do CD, e a consequente possibilidade de vender o mesmo, outra vez, sem grandes custos de produção, tinham contribuído para criar uma sensação de progresso. Depois de esgotados os fundos de catálogo, o decréscimo era inevitável. Em parte, por isso, gerou-se a ideia de crise. Uma ideia que conheceu, no ano passado, mais sintomas: quebra no número de discos vendidos, pirataria, despedimento de artistas e funcionários em editoras, lojas que encerraram (como a Valentim de Carvalho do Chiado) e o grosso das apostas discográficas a concentrar-se em edições que exigem pouco investimento - compilações, antologias e reedições. Nos catálogos nacionais a quase ausência de investimento em nomes novos constituiu mais um indício de que nem tudo ia bem.

No princípio de 2002, os Da Weasel (mais de 30 mil discos vendidos) e os GNR com a antologia "Câmara Lenta" (mais de 40 mil) foram os únicos que conseguiram aproximar-se dos números de outrora. Nesta conjuntura gerou-se desconforto entre os músicos portugueses, que pressentiram o divórcio do público. Formaram-se grupos de pressão - como a Associação Venham Mais Cinco - para que a lei de quotas da rádio (40 por cento de música portuguesa) fosse cumprida.

O efeito Natal

Os catálogos nacionais são essenciais para debelar a ideia de crise. Não é por acaso que os territórios que melhor lhe sobrevivem são aqueles cujo reportório local detém maior peso em facturação global. Em Portugal a relevância do reportório local é apenas de 13 por cento. É neste contexto que a época de Natal parece surgir como bóia de salvação para as editoras portuguesas.

No Natal, lançaram-se os discos dos consagrados na tentativa de se gerarem lucros mas, em simultâneo, correu-se o risco de, pela concentração de edições, alguns saírem lesados. Tozé Brito, responsável da multinacional Universal, fala dos resultados obtidos: "Houve uma concentração atípica nesta época, o que até pode ser suicidário, mas três discos nossos ficaram acima das expectativas: o Abrunhosa, que estava parado há três anos, esteve cinco semanas em 1º lugar do top [71 mil discos vendidos]; o Carlos do Carmo, que estava há quatro anos sem discos de originais, vai chegar ao ouro até final de Janeiro [15 mil discos vendidos e o seu primeiro álbum a alcançar o top 20 de vendas em Portugal]; e a Maria João & Mário Laginha, que são ouro. Em termos globais, 2002 foi melhor que 2001. Em vendas e resultados. Tivemos um resultado operacional 15 por cento superior, o que é bom."

A outra editora que tem um catálogo nacional de peso, a EMI-VC, também juntou uma série de lançamentos portugueses no Natal. Entre eles, os Cabeças no Ar (40 mil discos vendidos), Amália (10 mil), GNR (16 mil), Madredeus (36 mil) e Vitorino (10 mil). David Ferreira, responsável pela editora, é claro em relação a 2002: "Ficou aquém das expectativas." Os principais problemas, diz, são a rádio passar pouca música portuguesa e a pirataria.

De qualquer forma, em relação à música portuguesa, a EMI-VC vendeu mais 10 por cento em 2002 face a 2001. "Crescemos em facturação líquida absoluta 9,8 por cento. Mas as vendas globais desceram 1,9 por cento. O crescimento na música portuguesa não significa uma tendência de retoma. Tendo em conta os investimentos, estamos aquém do que desejávamos."

Os números conhecidos revelam que, afinal, o divórcio entre consumidores e música portuguesa poderá estar longe de ser um facto consumado (aos dados dos artistas mencionados acrescentam-se os 10 mil discos vendidos pelos Delfins na editora BMG).

Mas é necessário ter em conta que estes são números razoáveis num contexto de crise, mas muito inferiores aos melhores tempos da música portuguesa. Diz David Ferreira: "O mercado desceu tanto em 2001 que deveríamos subir o suficiente para que os portugueses representassem 16 por cento do total. De qualquer maneira subimos 10 por cento no mercado, o que não é mau."

Eduardo Simões, director da Associação Fonográfica Portuguesa, também fala de uma ligeira retoma no final de 2002, mas adverte que é preciso ter em atenção um factor. "Por um lado, estamos a comparar um ano mau com um ano péssimo - 2001. É natural que a partir de um ano de crise comecemos a ter evoluções percentuais que parecem animadoras." Isto é, adverte Simões, o cenário continua a ser preocupante: "É arrepiante a reduzida expressão que a música portuguesa tem."

O mais certo é que a indústria viva no espectro de crise enquanto não encontrar um novo suporte para substituir o clássico CD - o próximo passo pode ser oferecer CD com extras, DVD ou outro tipo de materiais. Mas a crise poderá ser atenuada antes. Quando os índices de consumo voltarem a normalizar, a formação de catálogos nacionais voltar a ser incrementada, a música conseguir competir ou integrar outro tipo de ofertas e, provavelmente, quando o preço dos CD baixar.

Vítor Belanciano, Público, 15/01/2003

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