domingo, 28 de março de 2010

Electronic Pop


Portuguese Push For Electronic Pop

LISBON -Electronic pop, mostly produced in Britain, is the biggest trend to emerge in the Portuguese record business in many a month, the sales boom initially triggered by the "Enola Gay" single by Orchestral Manouevres In The Dark last year. Now bands like Duran Duran, the Human League and, most recently, Heaven 17, have added to the run of chart successes. In fact, the first album released here by Duran Duran was for many weeks a "sleeper," apparently destined to flop, but a major promotional campaign by Valentim de Carvalho, EMI licensee here, created national interest and it soon topped the LP chart. The group visited Portugal to make a live appearance on the top Sunday television show "O Passeio Dos Alegres," run by leading disk jockey Julio Isidro. Another key factor in breaking the group here was an outstanding video clip built around the "Girls On Films" track, and this title topped the singles chart, too. Then, in January, Edisom, a comparatively new Lisbon independent company, newly-appointed licensee here for Virgin, released the albums "Dare" by the Human League and "Penthouse And Pavement" by Heaven 17. The Human League LP made number two in the chart and again a video presentation, featuring the "Open Your Heart" track, played a key part in building sales. The clip was included on the Saturday television program "Viva A Musica," a series dedicated to the Portuguese record industry. Now Heaven 17 has charted, having sold out the initial pressing inside two weeks of release.

BILLBOARD - BB-1982-03-27-OCR-Page-0123.pdf

Neo-românticos regresso ao futuro

Foi há precisamente 30 anos. Na verdade, as primeiras movimentações já vinham de finais de 70, sobretudo com sede no Blitz, o clube em Londres cujas "Bowie Nights" chamavam a atenção de uma nova geração de noctívagos, que se vestiam a rigor para sair e dançar. Steve Strange (a voz e rosto dos Visage) era o porteiro. Boy George trabalhava no bengaleiro. Rusty Egan (também dos Visage) era o DJ... O novo culto, que tinha por banda sonora, além de Bowie, discos dos Roxy Music, Kraftwerk ou Gary Numan, ganhava aos poucos adeptos fora de Londres. Em Birmingham, o Rum Runner acolhia noites semelhantes, com Nick Rhodes (Duran Duran) como DJ de serviço... Em finais de 1980, alguns dos habitués destas noites tinham formado bandas e os seus primeiros singles geravam fenómenos de sucesso. A atenta revista The Face chamou-lhes o "culto sem nome"... Mas não foi preciso esperar muito para que uma expressão fosse encontrada para descrever tão vistosa nova geração de bandas. Chamaram-lhes neo-românticos (entre nós depois igualmente descritos como "futuristas"), o "movimento" acabando por se revelar como berço para nomes tão distintos como os Visage, Spandau Ballet, Duran Duran, Classix Nouveaux e, numa primeira etapa, até mesmo os Depeche Mode.

"Foi uma tendência nova, que tinha a ver com a música, mas também com um lado visual", recorda Tozé Brito que na altura trabalhava na PolyGram, que então editava os Visage, banda-paradigma do movimento e em cuja linguagem se cruzavam heranças musicais directas de Bowie sob uma imagem sofisticada. "Para nós foi mesmo uma lufada de ar fresco e foi muito importante para captar um público novo que não se identificava nem com o rock mais mainstream nem o hard rock", acrescenta o editor. David Ferreira, então na Valentim de Carvalho, reforça esta visão, realçando o entusiasmo com que os media, sobretudo a rádio e televisão, então acolheram o movimento: "Havia abertura. E não foi o facto de haver disponibilidade para os grupos estrangeiros que fechou as portas aos portugueses. Era bom, era novo... As portas estavam abertas", recorda.

Júlio Isidro foi um dos divulgadores que mais abertura revelou para com as bandas emergentes, tendo levado algumas a programas seus como «O Passeio dos Alegres» na RTP e «A Febre de Sábado de Manhã», na Rádio Comercial. "Era uma música muito acessível, tinha uma carga de cançãozinha, não havia temas de grande profundidade", descreve. Realça o "aspecto visual dos artistas", recordando, por exemplo, como "os Spandau Ballet tinham um ar medieval" e os Classix Nouveaux um visual "mais a preto e branco".

Do impacte local do movimento, David Ferreira destaca sobretudo o "fenómeno Duran Duran", retratando-o como "fortíssimo". De facto, «Planet Earth» atingiu em Portugal o número 1 [do top do programa "Rock em Stock" e top 10 de vendas], quando no Reino Unido o single não fora acima do número 12...  "Por mais de uma vez ouvi dizer em conferências [da editora EMI] que o sucesso dos Duran Duran em Portugal permitiu ver que não eram um fenómeno apenas inglês", lembra. Editado já em 1981, o álbum de estreia do grupo vende 70 mil exemplares. "E só não vendeu mais porque não conseguimos stock", revela. Júlio Isidro relata que começou a passar os primeiros discos do grupo na rádio "com uma adesão extraordinária". De resto, mais tarde, foi ele mesmo quem entregou aos Duran Duran o seu primeiro disco de ouro por vendas em Portugal. O entusiasmo dos fãs era grande... E "foi a primeira vez que houve vidros partidos", numa carrinha estacionada perto do Teatro Aberto, onde decorria o programa. "Só tivemos azar nos concertos", acrescenta David Ferreira, porque "nunca ninguém previra que [os Duran Duran] tinham um público tão novo que não os podia ir ver a Cascais".

Os Classix Nouveaux tiveram também Portugal como um dos territórios onde conquistaram um estatuto de maior êxito. "O «Never Again» foi um sucesso brutal", confirma David Ferreira. Já os Spandau Ballet, apesar de tudo, "nunca se compararam em Portugal aos Duran Duran", acrescenta.

O teledisco, que começara a fazer parte dos hábitos televisivos em finais de 70, foi ferramenta importante para explicar a adesão dos jovens portugueses de inícios de 80 ao movimento. "Foi mesmo fundamental", concorda Tozé Brito. "Vendiam-se canções através da imagem dos telediscos", sublinha.

Com auge entre 1980 e 81, o movimento perde embalagem em 1982, com os grupos a seguir outros caminhos. "Foi uma onda que passou rápida", explica Júlio Isidro. "Durou o mesmo que dura uma moda", conclui.

NUNO GALOPIM /DN, 23 Janeiro de 2010

Imagem: artigo da Revista Billboard (1982)


Vendas de discos 2007

José Afonso
Discos mais vendidos - 2007

1 - A Vida Que Eu Escolhi - Tony Carreira
2 - José Afonso - José Afonso
3 - Lado A Lado - Mafalda Veiga/Joao Pedro Pais
4 - Acústico - André Sardet
5 - Páginas da Vida - Banda Sonora
6 - Voo Nocturno - Jorge Palma
7 - Fantasminha Brincalhão - Avô Cantigas
8 - Concerto Em Lisboa - Mariza
9 - 4 Taste - 4 Taste
10 - Chiquititas - Chiquititas
11 - Loose - Nelly Furtado
12 - Siempre - Il Divo
13 - Amor, Escarnio E Maldizer - Da Weasel
14 - Now 16 - Vários
15 - Doce Fugitiva - Banda Sonora
16 - Verdades 10 Anos - Irmãos Verdades
17 - Floribella 2 - Flor (Luciana Abreu) / Banda Sonora
18 - Sim - Vanessa da Mata
19 - Orbital Mix 4 - Vários (Vidisco)
20 - Life In Cartoon Motion - Mika
21 - Now 17 - Vários
22 - High School Musical 2 - Banda Sonora
23 - O Melhor Natal - Floribella
24 - Call Me Irresponsible - Michael Buble
25 - Vingança - Anjos
26 - Summer Jam 2007 - Vários
27 - Vozes Mágicas - Vários
28 - Just Girls - Just Girls
29 - Nº1 - Vários (Farol)
30 - A Festa Dos Golfinhos - Viky

Fonte: AFP

O disco que esteve mais semanas em nº1 foi a colectânea de José Afonso lançada pela Farol. Foi o 2º disco mais vendido do ano. A Farol tem a possibilidade de fazer campanhas na TVI (pertencem ao mesmo grupo empresarial) o que ajuda na promoção dos discos. Quanto a Tony Carreira: a sua editora (a Espacial) associa-se à Som Livre para o lançamento de alguns discos o que permite promoção especial na SIC.

O disco de José Afonso corresponde a uma reedição de uma colectânea lançada originalmente pela Orfeu/Movieplay em formato de duplo-LP. A música de José Afonso teve assim a possibilidade de ser dada a conhecer a mais pessoas.

Álbuns em destaque ao longo do ano:

1-4 Taste - 4 Taste - 1 #1 (ver também 2006)
4-A Vida Que Escolhi - Tony Carreira - 4 #1
1-Acústico - André Sardet - 1 #1 (ver também 2006)
Os Pintainhos - Os Pintainhos [#3]
3-The Confessions Tour - Madonna - 3#1
12-José Afonso - José Afonso - 12#1
Neon Bible - Arcade Fire [#2]
Loose - Nelly Furtado [#3]
Sound In Light - Blasted Mechanism [#2]
2-Amor, Escárnio e Maldizer - Da Weasel - 2 #1
Vingança - Anjos [#3]
Verdades 10 Anos - Irmãos Verdades [#3]
1-Lado a lado - Mafalda Veiga/João Pedro Pais - 1 #1
5-Floribella 2 - Flor / Banda Sonora - 5 #1
1-Luz - Pedro Abrunhosa - 1 #1
5-Fantasminha Brincalhão - Avô Cantigas - 5 #1
A Festa dos Golfinhos - Viky [#3]
7-Chiquitas - Banda Sonora - 7 #1
Pavarotti Forever - Pavarotti [#2]
The Very Best Of - Diana Krall [#3]
1-Dreams In Colour - David Fonseca - 1 #1
Pedro Khima - Pedro Khima [#2]
1-Concerto em Lisboa - Mariza - 1 #1
4-Voo Nocturno - Jorge Palma - 4 #1
La Serena - Teresa Salgueiro / Lusitania Ensemble [#2]
Vivere Greatest Hits - Andrea Bocelli [#3]
4-Just Girls - Just Girls - 4 #1 (ver também 2008)
Xmas Collection - Il Divo [#2]

Discos que ocuparam as primeiras posições entre Janeiro e Dezembro de 2007.

http://de.wikipedia.org/wiki/Liste_der_Nummer-eins-Hits_in_Portugal_%282007%29

Atribuição de galardões

A lista divulgada com a atribuição de galardões em 2007 não corresponde na totalidade aos nomes que ocuparam mais tempo o 1º lugar durante esse ano. Há nomes cujas vendas são de 2006 logo não merecem o destaque referente à análise deste ano em concreto.

O disco "Floribella" foi um dos campeões de vendas de 2006 mantendo-se vários meses em 1º lugar. No decurso de 2007 as vendas não foram significativas não se justificando o destaque que foi dado aquando da análise de vendas de 2007.

O grande sucesso de "Acústico" de André Sardet reflectiu-se nas 11 semanas em 1º lugar durante o ano de 2006. Em 2007 esteve apenas 1 semana em 1º lugar e manteve-se a bom nível durante as primeiras semanas do ano.

O que ficarmos a perceber é que a atribuição de galardões é cumulativa e tem em conta as vendas anteriores. No entanto não podem servir para analisar as vendas de um ano em concreto quando existam vendas significativas noutros anos.

Alguns dos nomes que chegaram a 1º lugar foram a compilação de "José Afonso" (12 semanas em 1º), as bandas sonoras de "Chiquititas" (7 semanas) e "Floribella 2" (6 semanas), "Fantasminha Brincalhão" do Avô Cantigas (5 semanas), "Lado a Lado" da dupla Mafalda Veiga/João Pedro Pais (1 semana) e "Vôo Nocturno de" Jorge Palma (4 semanas). Qualquer um destes discos obteve 2 discos de platina e 1 de ouro.

"A Vida Que Eu Escolhi" de Tony Carreira (7 discos de platina) esteve apenas 4 semanas em 1º lugar mas manteve-se durante 5 meses nos lugares cimeiros. [percurso no top]

O disco homónimo das Just Girls esteve em 1º nas últimas 4 semanas do ano e obteve 3 platinas e 1 ouro.

A carreira do disco de estreia dos 4 Taste (4 platinas) começa em finais de 2006 e ainda se mantêm em 2007 mas apenas uma semana em 1º lugar. No ano anterior já tinha 3 platinas.

Verifica-se que a maior parte dos discos que atingiu o 1º lugar são de produção nacional. Além dos discos já mencionados também atingiram o 1º lugar, durante 1 semana, os discos "Luz" de Pedro Abrunhosa e "Dreams In Colour" de David Fonseca e ainda "Amor, Escárnio e Maldizer" dos Da Weasel durante duas semanas.

Noticia divulgada em Janeiro de 2008:

Flor, André Sardet e Tony Carreira foram os artistas que mais discos de platina receberam no ano passado [2007], tendo vendido no seu conjunto cerca de meio milhão de unidades, segundo dados divulgados pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).

A AFP divulgou a lista dos 104 álbuns editados no ano passado [2007] cujas vendas ultrapassaram as 10 mil unidades (disco de ouro) ou 20 mil (disco de platina).

O álbum "Floribella", de Flor, foi o mais vendido dos editados em 2007, tendo recebido 10 platinas. Flor junta ainda duas platinas e um disco de ouro pelo seu segundo álbum, "Floribella 2", ambos editados pela Som Livre.

À personagem encarnada pela actriz e cantora Luciana Abreu seguem-se Tony Carreira, que este ano celebra 20 anos de vida artística, e André Sardet.

Os álbuns "A Vida Que Escolhi", de Carreira, editado pela Espacial, e "Acústico", de Sardet (Farol), que completou em 2007 dez anos de carreira, receberam cada um sete platinas.

No quinto posto, com quatro platinas, está o álbum de estreia da banda 4Taste, editado pela Farol, em sexto surge outro álbum de estreia, o das portuguesas Just Girls, com um disco de ouro e três de platina, e em sétimo lugar está o álbum de estreia de Mickael Carreira, com três platinas. O filho de Tony Carreira acumula ainda um disco de platina e outro de ouro pelo seu segundo álbum, "Entre nós", também editado pela Vidisco.

Dos 104 álbuns galardoados, 41 são de produção nacional e 28 são colectâneas de vários artistas, sendo quatro de bandas sonoras de telenovelas da TVI.

Além de Mickael Carreira, bisam a presença na lista dos discos mais vendidos editados o ano passado Nelly Furtado, Paulo Gonzo, José Malhoa, Rodrigo Leão, Flor e os Il Divo.

O canadiano Michael Bublé é o único com três presenças na tabela acumulando dois discos de ouro e dois de platina. O cantor recebeu um disco de ouro pelo álbum "It's Time", um de ouro e um de platina por "Call Me Irresponsible" e um de platina por "Caught In The Act", todos editados pela Warner.

A Farol foi a editora que arrecadou maior número de galardões, num total de 45, vinte discos de ouro e 25 de platina.

Seguem-se a Som Livre com 34 galardões (12 de ouro e 22 de platina) e em terceiro a SonyBMG com 25 (15 de ouro e 10 de platina.

IOL/LUSA, 14/01/2008

Portugueses são os que vendem mais em 2007

No ano que agora termina, os músicos portugueses voltam a estar entre os maiores fenómeno de vendas nos tops nacionais de CD e DVD.

Se tomarmos apenas em conta as edições de 2007, as Just Girls tomam a liderança do pelotão com o disco homónimo, editado há cerca de um mês e meio. Durante este período, a girl band que agora faz parte da novela adolescente Morangos com Açúcar vendeu mais de 60 mil exemplares do álbum, o que lhes garantiu três platinas. De resto, este foi o único CD, com o selo do ano que agora termina, a conseguir por três vezes o galardão respeitante a 20 mil exemplares comercializados.

"Voo Nocturno", de Jorge Palma, "Lado a Lado", de Mafalda Veiga e João Pedro Pais, e a antologia "José Afonso" que assinalou os 20 anos da morte do cantautor, ficaram-se pelas duas platinas mas assinalaram uma procura do público pela música cantada em português.

João Pedro Pais manifestou ao DN o seu regozijo pelos resultados obtidos e reiterou o gosto das pessoas "pela música portuguesa". Para Eduardo Simões, director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), o fenómeno "é natural e repete-se em relação aos últimos anos". As razões prendem-se com a "quantidade de produção, os veículos de promoção e a popularidade de alguns artistas". O responsável da indústria assinala também "a diversidade de géneros presentes entre os grandes fenómenos da música portuguesa".

"Fantasminha Brincalhão", de Avô Cantigas, Chiquititas, "Floribella 2", "Karaoke Morangos 2", "Páginas da Vida" e "Acústico" de André Sardet foram outros títulos que conseguiram duas platinas.

Todavia, acabou por ser um disco de 2006 o mais vendido... em 2007. "A Vida Que Eu Escolhi", de Tony Carreira, tem pouco mais de um ano e teve como principal alvo o Natal de 2006. Todavia, os seus resultados prolongaram-se por este ano. O disco entrou em 2007 apenas com duas platinas. As restantes cinco foram conseguidas nos onze meses seguintes. A última foi entregue em Novembro.

É precisamente na quadra natalícia que o mercado regista maior agitação. As editoras concentram grande parte das apostas para a época que acabou de terminar, especialmente ao nível das antologias e colectâneas, e os efeitos são imediatos. Olhando para os números, é possível constatar que foram atribuídos 21 galardões de platina e 35 de prata (este respeitante a 10 mil exemplares vendidos) no período compreendido entre 31 de Outubro e 20 de Dezembro. Números que não têm par durante o resto do ano. Eduardo Simões defende que "o que é preocupante não é o peso do Natal mas sim as vendas baixas durante o resto do ano". Luís Costa, responsável pelo catálogo da Sony, assume que o CD está a "cair em desuso".

O responsável pela AFP expressou também a sua preocupação pelo "decréscimo de investimento que a crise gera". João Pedro Pais subcreve esta opinião e defende que "nada se faz sem dinheiro e promoção e as editoras querem tudo feito". O músico é, no entanto, da opinião que "vale a pena investir na música portuguesa e os resultados estão à vista".

DAVIDE PINHEIRO, DN, 28 Dezembro 2007





Imagem: tabela publicada na revista Billboard de 16/06/2007 referente às vendas de 5 de Junho.

Venda de música continua em queda

A venda de música no mercado português em formato áudio e digital sofreu uma quebra de 6,1 milhões de euros em 2007, com as editoras a facturarem um total de 44,5 milhões de euros, revelou a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).

No ano passado, as editoras discográficas facturaram cerca de 44,5 milhões de euros com venda de música, sobretudo em CD e em digital, menos 12% do que em 2006, ano em que a facturação ultrapassou os 50,6 milhões de euros.

"Estamos perante um quadro de evolução complicado, depressivo. Vamos acumulando perdas ano após ano sem haver um correspondente aumento do mercado digital que alivie perspectivas para o futuro", afirmou, à Lusa, o presidente da AFP, Eduardo Simões.

De acordo com o relatório da AFP sobre o mercado discográfico, em 2007, venderam-se 7,9 milhões de unidades de álbuns discográficos, com o suporte CD ainda a dominar as vendas (6,7 milhões).

No que se relaciona a lançamentos discográficos, na edição de música portuguesa, predominam os álbuns de pop/rock, que renderam 4,2 milhões de euros de facturação para as editoras, seguindo-se a música ligeira (1,8 milhões de euros) e o fado (1,3 milhões de euros).

O mesmo acontece quando se fala na edição discográfica de grupos e artistas estrangeiros em Portugal, com o pop/rock a ser o mais lucrativo, com 14,5 milhões de euros, muito à frente dos 1,1 milhões de euros de facturação com a música clássica.

Apesar da quebra que a indústria discográfica sofreu em 2007, a venda de música exclusivamente em formato digital registou um aumento de 2,1 milhões de euros para 2,6 milhões de euros, com 225.433 descarregamentos (downloads) legais.

A maior fatia nesta área foi para os conteúdos de música para telemóveis - 1,9 milhões de unidades -, a maioria toques telefónicos pagos (1,2 milhões de unidades), que renderam 1,6 milhões de euros.

JN 04/04/2008

Mercado discográfico caiu 13,6% em 2007

O mercado português da música gravada facturou no ano passado 50 645 892 euros. Menos 13,6 por cento que em 2006.

O mercado português da música gravada facturou no ano passado 50 645 892 euros. Menos 13,6 por cento que em 2006, em números que somam as vendas de discos (incluindo cassetes), DVD musical e mercado digital. Esta última parcela é a única que respira saúde, evitando uma queda que poderia ter atingido, sem a sua presença, um valor de 14,92%.

O cenário não é novo. Em apenas oito anos desapareceu metade do mercado discográfico português. Com facturação na ordem dos cem milhões de euros em anos como 2000 ou 2002, os números atingiram os valores mais baixos desde a "alta" dos anos 90 em 2007. Várias causas são apontadas para justificar a quebra, entre as quais os valores elevados da pirataria (física e digital). Há, contudo, que ter ainda em conta um vasto leque de oferta concorrente à música gravada (dos concertos a outros produtos de lazer).

Um olhar pelo levantamento de mercado em 2007 revelado pela Associação Fonográfica Portuguesa mostra valores em crescimento nas vendas de música portuguesa, que este ano atingem 32 por cento da facturação total. Este "bolo" é dominado pelo repertório internacional (42,4 %), representando a música portuguesa, hoje, a segunda maior força de vendas no mercado nacional, acima das compilações (21,6 %), repertório regional (7,18 %) e música clássica (3,57 %). Nas vendas de música portuguesa em full price (ou seja, os novos lançamentos), que somam em conjunto 1 127 622 unidades, 53% das vendas correspondem a discos de pop/rock. Seguem-se as vendas de música ligeira (20%), fado (9%), música infantil (5,9&), hip hop (5,7%) e jazz e blues (1,72%).

Por formatos, o mercado é dominado pelo CD, que representa 85,3% do total de 7 904 025 unidades vendidas (áudio e audiovisual). Face a 2006 o CD cai 8%. Maior é a quebra do DVD musical, com menos 21,7% de unidades vendidas que em 2006.

Por editoras a facturação fez da Sony BMG a mais bem sucedida, conquistando 18,65 da quota de mercado. Seguem-se a Universal (18,27), EMI (14,85), Farol (12,68), Som Livre (10,98), Vidisco (8,05), Warner (7,06), Espacial (6,32), EDLP (1,74), Ovação (1,18) e Zona Música (0,22).

http://blitz.sapo.pt/?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/21648

ranking 

Levantamento do mercado

Repertório internacional - 35.3%
Repertório Regional - 7.18%
Repertório Clássico - 3,57%
Repertório Nacional - 32,29%
Compilaçóes - 21,66%


AFP

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ouro e Platina com novos números (2005)

Crise emagrece galardões discográficos

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) alterou os parâmetros de atribuição de galardões pela venda de discos. O disco de ouro passa a ser atribuído às 10 mil unidades vendidas (eram antes 20 mil) e o disco de platina corresponde agora a 20 mil (40 mil até aqui). O disco de prata (10 mil discos) desaparece. A revisão dos valores destes galardões deve-se, naturalmente, à ostensiva queda de vendas de música gravada que se verifica nos últimos anos (mais de 40 por cento do mercado desapareceu de 2002 a esta parte, e só este ano, no primeiro trimestre, a quebra atingiu os 11 por cento).

Os antigos quantitativos correspondiam aos valores do agitado mercado de há 15 anos. Os novos reflectem, todavia, uma tendência de redução de valores que se tem espalhado pelos vários mercados europeus. A República Checa tem parâmetros iguais aos novos valores portugueses. Na Áustria um disco de ouro reflecte vendas de 15 mil unidades e a platina, 30 mil. Na Bélgica o ouro vale 25 mil e a platina 30 mil. Na Dinamarca ou Noruega a prata equivale a 20 mil e a platina a 40 mil. Na Hungria a prata traduz 10 mil unidades e a platina 30 mil, e na Grécia os mesmos galardões correspondem, respactivamente, a 10 e 40 mil discos. Em todos estes territórios também foi abolido o disco de prata. Só a Irlanda o mantém, atribuindo a "nova" prata a vendas de 5 mil discos (ouro a 7500 e platina a 15 mil).

"À semelhança do que todos os países da Europa fizeram, excepto o Reino Unido, havia sem dúvida a necessidade de adequar os galardões à nova realidade do mercado", explica Tozé Brito da Universal. "Discos de ouro e platina significam apenas o reconhecimento de que determinados álbuns se destacam dos restantes pelas suas vendas superiores à média. Quanto maior é esse destaque mais visibilidade esses álbuns têm, o que sempre estimulou o mercado. É essa, na minha opinião, a única razão de ser da existência destes galardões", explica.

Pedro Azevedo, da Som Livre, concorda que se baixe o valor dos galardões. "Raramente se atingem os mais altos", comenta. "Mas não concordo que se acabe com o disco de prata, que é por vezes um grande incentivo para os artistas novos", defende o editor. E sugere um valor na ordem dos cinco mil discos. O DN apurou que, numa assembleia geral da AFP a realizar em finais de Setembro, esta última questão poderá ser eventualmente revista.

Nuno Galopim / DN, 13/05/2005

2005 - Discos de Ouro e Platina com novos números

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) alterou os parâmetros de vendas de discos para a atribuição dos discos de platina e ouro tendo extinto o galardão de prata, anunciou hoje aquele organismo.

O Disco de Ouro passa a ser atribuído por vendas superiores a 10.000 exemplares (o que equivalia ao Disco de Prata, agora extinto), enquanto o galardão Platina é atribuído por vendas superiores a 20.000 cópias (o que equivalia ao anterior Ouro).

Em declarações à agência Lusa, Eduardo Simões, da AFP, justificou estas alterações "por necessidade de se coadunar à nova realidade do mercado discográfico".

"Os quantitativos para atribuição dos galardões tinham sido fixados há 15 anos, quando o mercado estava florescente", explicou.

Actualmente, o mercado apresenta "uma acentuada quebra, só nos últimos dois anos caiu 47 por cento e só no primeiro trimestre deste ano registamos uma queda de 11 por cento", disse.
Por outro lado, salientou, os actuais quantitativos "aproximam-se mais do praticado noutros países europeus com uma dimensão populacional idêntica à nossa".

Eduardo Simões citou, entre outros, a República Checa que utiliza os mesmos parâmetros, isto é, 10.000 unidades para Disco de Ouro, 20.000 para Platina.

Na Áustria, um disco de ouro reflecte a venda de 15.000 unidades e o de platina 30.000; na Bélgica o ouro equivale a 25.000 unidades e a platina a 30.000, na Dinamarca e Noruega o ouro revela 20.000 unidades vendidas e a platina 40.000.

Na Grécia o disco de ouro reflecte 10.000 unidades vendidas e o de platina 40.000, enquanto na Hungria um disco de ouro refere-se a 10.000 cópias, e o de platina a 30.000.

Em todos estes países o galardão de prata foi já abolido, o que não aconteceu na Irlanda onde é atribuído um disco de prata por mais de 5.000 cópias vendidas, ouro por mais de 7.500 e platina por mais de 15.000.

Esta actualização é bem aceite por Tó Zé Brito, presidente da Universal Portugal que em declarações à Lusa afirmou que as novas cifras "são mais coerentes e adequadas ao mercado".

Por outro lado, Tó Zé Brito acredita no "factor psicológico" para estimular "um mercado em queda". "As pessoas ao saberem que determinado álbum é disco de ouro, vão ter maior interesse em ouvi-lo e adquiri-lo", disse.

O presidente da Universal Portugal referiu ainda "que desta forma adequamos os novos galardões ao que se passa noutras congéneres europeias".

Da tabela de vendas de álbuns, segundo dados da AFP, o mais platinado é "O concerto acústico", um duplo CD de Rui Veloso com oito discos de platina, correspondendo a 160.000 exemplares vendidos.

Quanto ao trio que lidera esta tabela, "Transparente" de Mariza, é Disco de Platina, "Il divo" do grupo homónimo, no segundo lugar do top, é Disco de Ouro e o terceiro lugar, ocupado por "Escolinha de música", é Disco de Platina.»

IOL, 11/05/2005

O Disco de Ouro passa a ser atribuído por vendas superiores a 10.000 exemplares (o que equivalia ao Disco de Prata, agora extinto), enquanto o galardão Platina é atribuído por vendas superiores a 20.000 cópias (o que equivalia ao anterior Ouro).

2005

- Disco de Prata: deixa de existir - [10.000, antes de 2005]
- Disco de Ouro: 10.000 - [20.000, antes de 2005]
- Disco de Platina: 20.000 - [40.000, antes de 2005]

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vendas de discos 1987

Álbuns em destaque:

Top Genius 1986 - Vários (CBS) (1#1) [1#1 em 1986]
Jackpot 86 - Vários (EMI) (3#1) [2#1 em 1986]
Ministars - Ministars (2#1)
Final Countdown - Europe - #3
Mar Português - Nuno da Câmara Pereira (4#1)
Live Magic - Queen - #3
Rui Veloso - Rui Veloso (3#1)
Dezembros - Maria Bethânia (1#1)
And Soul It Goes - Century (3#1)
The Sound Of… - Francis Goya (1#1)
The Simon & Garfunkel Collection - Simon & Garfunkel (3#1)
Into The Fire - Bryan Adams - #3
The Joshua's Tree - U2 (4#1)
Circo de Feras - Xutos & Pontapés - #4
Joanna - Joanna (17#1)
Un Hombre Solo - Julio Iglesias - #2
Danças de Rua - Rão Kyao - #3
Solitude Standing - Suzanne Vega - #2
Waterproof - Vários (CBS) - #2
O Amor É Louco - Vários - #4
Bad - Michael Jackson (1#1)
A Momentary Lapse Of Reason - Pink Floyd (2#1)
Tunnel Of Love - Bruce Springsteen (1#1)
Superdisco - Vários (Edisom) (2#1)
Collection - Nat King Cole (2#1)
Hit Parade - Vários (Polygram) (2#1)
Muit'a Louco - Ministars - #3
+

Singles em destaque:

Final Countdown - Europe (8#1) [5#1 em 1986]
Take My Breath Away - Berlin - #2
In The Army Now - Status Quo - #2
Don't Leave Me This Way - Communards - #2
Lover Why - Century (11#1)
Boa Noite Vitinho - Isabel Campelo - #4
Is This Love - Alison Moyet - #2
Livin' On A Prayer - Bon Jovi - #2
USSR - Eddie Huntington - #4
Pirilampo Mágico - Vários (2#1)
Sometimes - Erasure - #3
The Great Pretender - Freddie Mercury - #2
Linda Demais - Roupa Nova - #3
Let It Be - Ferry Aid (6#1)
La Isla Bonita - Madonna - #2
Nothing's Gonna Stop Us Know - Starship (4#1)
Um Sonho a Dois - Joanna (1#1)
It's A Sin - Pet Shop Boys (8#1)
Just Around The Corner - Cock Robin - #3
Nothing's Gonna Stop Me Know - Samantha Fox - #2
Who’s That Girl - Madonna (1#1)
La Bamba - Los Lobos (8#1)
Balla, Balla - Francesco Napoli - #2
Bad - Michael Jackson - #2
Voyage Voyage - Desireless - #3
Never Gonna Give You Up - Rick Astley - #3
Nothing's Gonna Chance My Love For You - Glenn Medeiros - #2
Wonderful Life - Black - #2
You Win Again - Bee Gees (3#1)
+

(Discos que ocuparam as primeiras posições entre Janeiro e Dezembro de 1987)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pirataria


Numa altura em que tanto se fala de pirataria de música online é curioso reviver outros tempos e outras formas de fazer cópias ilegais, tratando-se neste caso de cassetes, um suporte sonoro já quase extinto. Numa conferência de imprensa promovida pelo GPPFV (Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas) que antecedeu a AFP (Associação Fonográfica Portuguesa) é revelado que a pirataria de cassetes representa quatro quintos do total de cassetes vendidas em Portugal. É um artigo publicado no antigo semanário musical Musicalissimo em Julho de 1981.

http://rocknosotao.blogspot.com/2009/09/pirataria-de-cassetes.html

4 MILHÕES DE CASSETES VENDIDAS A MARGEM DA LEI, EM 1980

A pirataria é um mal que assola a indústria fonográfica, de há uns anos a esta parte. No estrangeiro ela é talvez mais intensa, mas também mais combatida, mas nem sempre com os resultados que seriam desejados.
Em portugal, neste momento, «apenas» se verifica pirataria em cassetes, e de tal modo, que atingiu valores, ou melhor números que oscilam entre os 3 e os 4 milhões de cópias vendidas, só no ano passado.

Em 1977, foi criado em Portugal, o GPPFV (Grupo português de produtores de fonogramas e videogramas), cujo objectivo é lutar contra esse que combatesse a pirataria, lei essa aprovada em Agosto do ano passado na Assembleia da República.

O GPPFV, esteve reunido há dias num hotel da capital, para estudar a actual situação da pirataria em Portugal, formas de a combater.

No final dos trabalhos, o GPPFV, convocou urna conferência de imprensa, dirigida pelo Dr. Jorge Abreu (advogado do grupo) e pelo Sr. Carlos Faria da Rossil.

O Musicalíssimo esteve presente na referida conferência de imprensa e aqui ficam algumas passagens da mesma.

A pirataria em Portugal, está praticamente limitada às cassetes, e representa quatro quintos do total de cassetes, vendidas em Portugal.

Se analisarmos o facto de no ano passado, terem sido vendidos cerca de três a quatro milhões de cassetes piratas, e esse número for pontificado a cerca de 100$00, diremos que o negócio, deu cerca de 300 a 400 mil contos. Este número não significa que, se não houvesse pirataria. os compradores se virassem na totalidade para as cassetes legais.

Com a pirataria, são lesados os autores, artistas, músicos, Estado (que não recebe o Imposto de Transacção) e as editoras, que segundo o Dr. Jorge Abreu, são as mais lesadas.

Para nos referirmos é incrível actualidade da pirataria, basta dizer que no dia seguinte ao último Festival RTP da canção, havia à venda cassetes piratas, do referido festival, e uma semana após o Festival da Eurovisão, também já circulavam no nosso mercado cassetes piratas com gravações de Dublin.
No que se refere a discos, a actividade pirata, apenas existiu em dois casos: foram duas pequenas edições, uma de 200, e outra de 500 discos.

FALTA DE EFECTIVOS NAS AUTORIDADES E DESCONHECIMENTO DA LEI; ESTÃO NA ORIGEM DO NÃO CUMPRIMENTO DA MESMA.

A lei que se propõe combater a pirataria, prevê penas que vão até um ano de prisão e multa de cinco mil a cinquenta mil escudos, para os infractores, agravada para o dobro em caso de reincidência.

Mas desde a sua publicação, apenas cerca de vinte casos foram detectados e entregues às autoridades competentes. Este reduzido número, reflecte por um lado, o desejo de tentar descobrir a pirataria na sua origem, e por outro — ainda segundo o Dr. Jorge Abreu — o facto de algumas autoridades não terem conhecimento da lei, e a falta de efectivos, que permitam um maior controlo da situação.

REDUÇAO DOS IMPOSTOS SOBRE DISCOS

Mas a actividade do GPPFV, não está limitada à pirataria, também tem como objectivo, defender os autores fonográficos e lutar contra a injustiça dos altos impostos sobre os discos. E essa luta já deu os seus frutos, pois o imposto baixou sucessivamente de 45 para 30 e ultimamente para 15%.

Neste momento há uma comissão encarregada de estudar o Depósito Legal de fonogramas.

A terminar, refira-se que o Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas é constituído pelas seguintes editoras: Rossil, Valentim de Carvalho, Polygram, Vadeca e Edisco.

ANTÓNIO RAMOS / MUSICALÍSSIMO, JULHO 1981

sábado, 20 de março de 2010

Vendas de discos 2001

top semana 16/2001- antigo site da Edipim

Discos mais vendidos - 2001

1 - Lara Fabian - Lara Fabian
2 - Acoustica - Scorpions
3 - No Angel - Dido
4 - O Melhor de - Rui Veloso
5 - Morango do Nordeste - Canta Bahia
6 - Now 4 - Vários
7 - The Marshall Mathers LP - Eminem
8 - The Look Of Love - Diana Krall
9 - Hot Shot - Shaggy
10 - Chocolate Starfish & The Hot Flavored Water - Limp Bizkit

Fonte: AFP

Álbuns em destaque ao longo do ano de 2001:

Now 3 - Vários
5--O Melhor de - Rui Veloso (5#1)
The Very Best Of… - UB40 - #2
The Marshall Mathers LP - Eminem - #2
15--Lara Fabian - Lara Fabian (15#1)
Espelho - Anjos - #4/
Play - Moby - #5
Movimento - Madredeus - #2
Parachutes - Coldlay - #4/
No Angel - Dido - #2
Greatest Hits - Billy Idol - #4
Breathe - Faith Hill - #5/
Whoa, Nelly - Nelly Furtado - #3
Reveal - REM - #4/
11--Accoustica - Scorpions (11#1)
Amnesiac - Radiohead - #3
Proxima Estácion: Esperanza - Manu Chao - #4
One Love The Very Best Of - Bob Marley - #3
Jorge Palma - Jorge Palma - #3
4--Hot Shot - Shaggy (4#1)
2--Morango do Nordeste - Canta Bahia (2#1)
Perfil - Adriana Calcanhotto - #3
7--The Look of Love - Diana Krall (7#1)
What Sound - Lamb - #2
Beethoven, Moonlight - Maria João Pires - #4
Cieli de Toscana - Andrea Bocelli - #2
Love Sensuality Devotion - Enigma - #3
8--Echoes - Pink Floyd (8#1) [ver também em 2002]
Best Of - Corrs - #4/
Greatest Hits: Chapter One - Backstreet Boys - #2 [ver também em 2002]
Escape - Enrique Iglesias - #3
Rotten Apples - Smashing Pumpkins - #3
All This Time - Sting - #4/
Now 4 - Vários

+

Singles em destaque:

Touch Me - Rui da Silva
One More Time - Daft Punk
Love By Grace - Lara Fabian
Back To School - Deftones
I'm Like A Bird - Nelly Furtado
Thank You - Dido
Pyramid Song - Radiohead
Elevation - U2
Angel - Shaggy
Can't Get You Out Of... - Kylie Minogue
Bohemian Like You - Dandy Warhols
Turn Off The Light - Nelly Furtado
++

A cantora Lara Fabian passou quase um terço do ano de 2001 no primeiro lugar do top português de álbuns com um álbum que leva o seu nome. De Fevereiro a Maio esteve 15 semanas no topo, um recorde.

Os alemães Scorpions seguiram-se neste top do ano com 11 semanas no primeiro lugar, entre Maio e Agosto, com o álbum "Accoustica", gravado parcialmente em Portugal.

Os Pink Floyd ficaram em terceiro lugar com 8 semanas no mercado do Natal (Novembro/Dezembro) graças à sua colectânea de êxitos, "Echoes".

A cantora canadiana Diana Krall não foi melhor que 7 semanas no primeiro lugar, entre Setembro e Novembro, com o seu álbum mais comercial, "The Look Of Love", uma colecção de versões de "standards" norte-americanos.

O "reggae" de Shaggy ocupou obviamente o primeiro lugar do top no Verão, em Agosto e Setembro, durante 4 semanas com o álbum "Hot Shot" e os brasileiros Canta Bahia estiveram duas semanas no cimo, em Setembro, com "Morango do Nordeste".

Rui Veloso foi o único artista português que em 2001 conseguiu ir ao primeiro lugar do top nacional de álbuns. Esteve cinco semanas no primeiro lugar em Janeiro e Fevereiro (mais duas semanas do ano anterior, num total de 7) com a sua colectânea de sucessos "O Melhor de Rui Veloso".

Netparque, 03/01/2002

 Primeiro semestre de 2001

"No nacional corremos riscos sérios, a passar quase abaixo dos níveis de sobrevivência". As palavras são de David Ferreira, da EMI-VC, e apontam com preocupação a descida de 16 % para 13 % do valor de vendas de repertório nacional no primeiro semestre de 2001. A EMI-VC é a editora com maior score nesta área de repertório, com 39,72 % do total de vendas de discos de artistas nacionais. À EMI-VC seguem-se, neste segmento, a Vidisco (24,46 %), a Universal (10,06 %), a Valentim de Carvalho (5,08 %) e Sony Music (4,89 %). A BMG, em tempos bem colocada no ranking nacional, apresenta uns magros 0,91 %.

Na facturação total é a Universal quem surge no primeiro lugar, com 25,64 % das vendas. Seguem-se, por ordem, a EMI-VC (19,65 %), Sony Music (13,81 %), Warner Music (9,84 %), Vidisco (8,92 %), BMG (6,57 %), Ovação (2,98 %), Som Livre (2,86 %), Zona Música (2,61 %), MVM (2,32 %), Edel (1,84 %), Strauss (1,13 %), Música Alternativa (1,07 %), Valentim de Carvalho (0,68 %) e Farol (0,16 %).

(...)

Sobre outras revelações deste mesmo levantamento, David Ferreira considera "estranhíssima" a quebra nos singles, apontando como "não surpreendente" a descida acentuada na cassete áudio. Refere surpresa pelo facto de haver uma descida na cassete budget, a que deveria corresponder um aumento no CD budget, que não se verifica. "É um mistério, porque estamos a falar do mesmo tipo de consumidores". Em relação ao CD budget (cujo preço médio aumentou de 420 para 707 escudos), pode acrescentar-se que houve editoras que optaram por vender mais caro, mesmo num menor número de unidades, conseguindo mesmo assim uma facturação maior. O mesmo levantamento revela um aumento significativo do peso das compilações na facturação total (14 % há um ano para 20 % em 2001), um equilíbrio nas vendas de música clássica (4 %) e descidas acentuadas nos repertórios nacional (de 16 % para 13 %) e internacional (de 66 % para 62 %).

DN, 10/09/2001

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vendas de discos 1976

Singles mais vendidos em 1976



1-Fernando - ABBA
2-I Love To Love - Tina Charles
3-Sorrow - Mort Shuman
4-Save Your Kisses For Me - Brotherhood of Man
5-Petit Demoiselle - Art Sullivan



portugueses: 1-Hey Hey Vickie, 2-Heidi em Português-Maria João; 3-Pipi das Meias altas

portugueses (grupos): 1-Green Windows; 2-Turma 8; 3-Gemini



O single "Fernando" dos ABBA vendeu cerca de 80.000 exemplares segundo indicações publicadas na revista Billboard.



Álbuns mais vendidos em 1976



1-Jonathan Livingston Seagull - Neil Diamond
2-Crisis? What Crisis? - Supertramp
3-Rock And Roll Music - The Beatles
4-16 Superhits - Vários (Polystar)
5-Moon Madness - Camel

portugueses:1-Jesus-FHC; 2-De Pequenino Se Torce... - Sérgio Godinho; 3-Com As Minhas Tamanquinhas-José Afonso



Lista com os discos mais vendidos em 1976 publicada na edição nº 1 da revista Música & Som. 

Compilado por Ivan H. Hancock (Top 20).

artigo Billboard
Em Fevereiro de 1977 foi publicada na revista Billboard, através do seu correspondente Fernando Tenente, uma pequena notícia sobre os nomes que mais se destacaram em 1976. O maior destaque vai para José Barata Moura.

E como compositores são destacados os nomes de José Cid, a dupla Tozé Brito/Mike Sergeant e Tozé Brito sozinho. Também são destacados Sérgio Godinho, José Afonso e Frei Hermano da Câmara.

(Em fins de 1976 foi lançado o single "Pensando em Ti" dos Gemini que dominou as tabelas nacionais no início de 1977)

[Bilboard 26/02/1977]



Alguns dos discos em destaque ao longo do ano:



Álbuns



Jonathan Livingston Seagull - Neil Diamond - #1
A Trick Of The Tail - Genesis - #2
A Night At The The Opera - Queen - #3
Tanto Mar - Chico Buarque e Maria Bethânia - #4
Crisis? What Crisis? - Supertramp
Moon Madness - Camel - #2
No Earthly Connection - Rick Wakeman - #3
Com As Minhas Tamanquinhas - José Afonso
Jesus - Frei Hermano da Câmara (P)
De Pequenino Se Torce O Destino - Sérgio Godinho
Rock And Roll Music - The Beatles
16 Superhits - Vários (Polystar) - #1
+
+



Singles



Hei Hei Wickie - Versão Portuguesa - #1
Lady In Blue - Joe Dolan - #2
Una Paloma Blanca - George Baker Selection - #3
Feelings - Morris Albert - #3
Save Your Kisses For Me - Brotherhood of Man
Petit Demoiselle - Art Sullivan
Love To Love You Baby - Donna Summer
Heidi Em português - Maria João
Lembranças - Green Windows
Pippi das Meias Altas - Versão Portuguesa
Fernando - ABBA - #1
I Love To Love - Tina Charles
Sorrow - Mort Shuman
+
+


http://www.americanradiohistory.com/Archive-Billboard/70s/1976/Billboard%201976-09-18.pdf

Billboard 18/09/1976(Courtesy Ivan H. Hancock)


SINGLES
1 FERNANDO - Abba ( Polydor)
2 I LOVE TO LOVE -Tina Charles (CBS)
3 WE'LL LIVE IT ALL AGAIN - Al Bano & Romina Power (Epic)
4 LOVE TO LOVE YOU BABY - Donna Summer (Ariola)
5 HEIDI (Em Português) - Maria João (EMI)
6 PETITE DEMOISELLE - Art Sullivan (Apollo)
7 RECUERDOS - Juan Pardo (Ariola)
8 CRAZY WOMAN - Joe Dolan (Pye)
9 LINDA BELLA LINDA - Daniel Santacruz Ensemble (EMI)
10 SAVE YOUR KISSES FOR ME - Brotherhood Of Man (Pye)
LPs
1 MOON MADNESS - Camel (Decca)
2 JONATHAN LIVINGSTON SEAGULL - Neil Diamond (CBS)
3 LOVE TO LOVE YOU BABY - Donna Summer (Ariola)
4 NO EARTHLY CONNECTION - Rick Wakeman (A&M)
5 DESIRE - Bob Dylan (CBS)

quinta-feira, 18 de março de 2010

AFP substitui Uneva


INDUSTRIA DISCOGRÁFICA: AFP SUBSTITUI UNEVA

A União de Editoras de Vídeo e Audio (UNEVA) entidade de cúpula da indústria discográfica portuguesa, cindiu-se em duas associações, separando o video do audio.

A indústria discográfica ficará, numa organização designada por Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), cuja escritura será feita durante esta semana

A AFP terá uma estrutura organizativa ligeiramente diferente da UNEVA com um presidente, dois vice-presidentes e um director executivo [Eduardo Simões assumiu essas funções em Maio de 1989].

Uma das primeiras missões da AFP é organizar um Top de vendas de discos com programa autónomo na televisão, depois da UNEVA ter utilizado parte do programa "Vivamúsica".

Francisco Pinto Balsemão, que era presidente do UNEVA, deverá ficar à frente da associação de video, permanecendo a Polygram como presidente da AFP até conclusão do mandato.

A Associação Fonográfica Portuguesa elege a luta antipirataria como um dos seus principais objectivos, fazendo ainda parte das suas atribuições o controlo dos números de mercado, a elaboração do Top e a passagem de certificados de discos de platina, ouro e prata.

Blitz n.º 227, 07/03/1989

O combate à pirataria em Portugal remonta à década de 80, à chamada época da cassete pirata. Até 1985 era praticamente só a cassete musical que efectivamente fazia estragos na actividade discográfica, contudo a partir de 1984/85, com o aparecimento dos videogramas, VHS e Beta, a pirataria sofreu uma grande explosão, o que levou a industria nacional e internacional a criar em Portugal uma associação de luta anti-pirataria, denominada UNEVA - União Nacional de Editores de Vídeo e Áudio, associação esta que mais tarde veio a dividir-se em duas distintas, uma para o vídeo, a FEVIP, Federação de Editores de Videogramas e outra para a música, a AFP - Associação Fonográfica Portuguesa.


“No final da década de 80 é constituída a Associação Fonográfica Portuguesa sucedendo à União de Editores de Vídeo e Áudio (UNEVA) iniciada em 1984. A AFP foi constituída por sete editoras, EMI-Valentim de Carvalho, Polygram, WEA, CBS, BMG, Edisco (anterior Rapsódia) e a Edisom, e ainda duas companhias que editavam e distribuíam fonogramas sob licenciamento - Selecções do Readers Digest e Círculo de Leitores.

Nelson Gomes, "Música, Cultura e Estado - A Música nas Políticas Culturais em Portugal"

Associadas da AFP em 1989:

EMI-Valentim de Carvalho
Polygram
WEA
CBS
BMG
Edisco (anterior Rapsódia)
Edisom
Selecções do Readers Digest
Círculo de Leitores.

Música & Som

O primeiro número da revista Música & Som foi lançado em 11 de Fevereiro de 1977. Começou por ter periodicidade quinzenal passando depois a mensal. A primeira edição incluía uma tabela de 10 álbuns e outra com 20 singles.

As listas de vendas eram feitas com base em consultas a algumas das principais discotecas do país.


Fonte:
http://coisasdeoutrostempos.blogspot.com/2006/04/revistas-de-msica-2-msica-som.html

terça-feira, 16 de março de 2010

Top separado para compilações (1995)

O top nacional de vendas de registos fonográficos passou a ser desde a semana passada dividido em dois: um de álbuns e um de compilações -- a definição de «compilação» corresponde ao álbum que tenha a participação de mais que um intérprete ou grupo.

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) assim decidiu por ter achado por bem «abrir um espaço que se quer mais amplo para repertório mais novo que, de outra forma, talvez não pudesse vir a dispor da possibilidade de entrada no top». Em simultâneo pretende-se proporcionar um tratamento separado para as compilações, «tendo em conta as suas características muito próprias». O top nacional passará assim a ter 30 entradas no caso dos álbuns «normais» e dez no caso das compilações.

Público, 10/10/1995

Nota: por vezes surgem alguns discos nas tabelas de álbuns que talvez devessem ser incluídos nas tabelas de compilações. É o caso das colectâneas do programa "Operação Triunfo", algumas bandas sonoras ("Mamma Mia" por exemplo), o disco "XX Anos XX Bandas", etc...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Bryan Adams

Simplicidade à flor da pele

Campeão de vendas e repetente em termos de concertos, o «kid» canadiano volta a invadir os nossos estádios para mais uma dose de «rock'n'roll» simples e bem disposto. Muito provavelmente, milhares dos nossos adolescentes voltarão a reafirmar com ele que «kids wanna rock».

É um verdadeiro fenómeno de popularidade em Portugal. O seu disco de 1991, «Waking Up The Neighbours», vendeu mais de 120 mil unidades, tornando-se no segundo álbum mais vendido de sempre no nosso país. No ano passado, editou o «Best of» «So far, so good», que não chegou ao mesmo estatuto mas que, ainda assim, se tornou noutro sucesso (previsível) de vendas. Ainda por cima, vem tocar a terras lusas pela quarta vez, depois de já cá ter estado em 1988 -- num pequeno concerto na Damaia e no Festival Rock do Benfica -- e de ter regressado em grande, em Dezembro de 1991, para dois espectáculos que, em conjunto, levaram ao rubro cerca de 55 mil pessoas na Exponor, em Matosinhos, e no estádio de Alvalade, em Lisboa. Vai regressar agora ao «local do crime» já no próximo domingo, dia 10, para muito provavelmente repetir o feito.

O seu sucesso no nosso país, bem como noutros, não é, afinal, de estranhar. Adams promove, através da sua música, um tipo de imaginário de simples apreensão e que exalta os factores mais imediatamente gratos das relações humanas. Dedica-se, pois, a retratar uma «adolescência eterna», descomplexada de problemas existenciais que possam ir além da perda de uma namorada ou de uma momentânea e inconsequente rebeldia suburbana (suburbana pelos padrões norte-americanos, entenda-se). No fundo é música branca, juvenil, de classe média, despreocupada e destinada a fazer sentir bem quem a ouve -- e daí a sua popularidade.

Canções como «Summer of 69», «Straight from the heart», «Run to you», «Heaven», «Cuts like a knife», «Somebody», «Kids wanna rock» ou o invevitável «(Everything I do) I do it for you» -- que Adams e a sua banda não deixarão de tocar, visto estarem em «tournée» de promoção da compilação de êxitos «So far so good» -- são, pois, construídas dessa argamassa de melodia, sentimentos simples e irreverência juvenil, pronta a agradar a qualquer admirador de «rock'n'roll» na sua vertente mais imediatista.

Evidententemente que será, pois, inútil procurar nele quaisquer outras características que passem por soluções musicais inovadoras ou arriscadas, ou por abordagens mais complexas das atitudes e comportamentos, pessoais ou generalizados. O pacto é, portanto, claro e fácil de aceitar ou recusar, dependendo da vontade de cada um: exige-se boa disposição, simplicidade e emoção à flor da pele; recebem-se litros de suor, rock ultraclássico e melodias para todos cantarem à primeira.

Uma coisa é certa: ao contrário de muitos dos seus pares, e precisamente por não embarcar em demasiadas pomposidades ou ambições, Bryan Adams é um praticante convincente -- possivelmente, o mais -- do género musical que escolheu.

Jorge Dias / Público, 05/07/1994

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vendas de discos 1982


Singles mais vendidos - Música & Som

1 - Never Again - Classix Nouveaux
2 - Souvenir - Orchestral Manouevres In The Dark
3 - Cambodia - Kim Wilde
4 - My Own Way - Duran Duran
5 - Flash In The Night - Secret Service
6 - Ebony And Ivory - Paul McCartney/Stevie Wonder
7 - Hungry Like The Wolf - Duran Duran
8 - Words - F.R. David
9 - Patchouly - Grupo de Baile
10 - Amor - Herois do Mar
11 - Physical - Olivia Newton John
12 - More Than This - Roxy Music
13 - Tonight I'm Yours - Rod Stewart
14 - Girls On Film - Duran Duran
15 - Flor Sonhada - Manuela Moura Guedes
16 - Classic - Adrian Gurvitz
17 - Open Your Heart - Human League
18 - A Little Peace - Nicole
19 - Made In Japan - Nancy Nova
20 - Temptation - De Blanc

Nacionais: 1 - Patchouly - Grupo de Baile; 2 - Amor - Heróis do Mar; 3 - Flor Sonhada - Manuela Moura Guedes

Lp's mais vendidos - Música e Som

1 - Emoções - Roberto Carlos
2 - The Visitors - Abba
3 - Avalon - Roxy Music
4 - Dare - Human League
5 - Cairo - Taxi
6 - La Folie - Stranglers
7 - Vinte Super Bombas - Vários (EMI)
8 - Duran Duran - Duran Duran
9 - La Verité - Classix Nouveaux
10 - O Som do Êxito - Vários (Polystar)

Nacionais: Cairo - Taxi; O Disco do Ano - Marco Paulo; Estou de Passagem - UHF

--

No ano anterior as vendas de discos tinham aumentado graças ao denominado "boom" do rock português. No ano de 1982 houve 12 artistas locais a atingir o disco de ouro e 21 a conseguirem o disco de prata. Um disco de Ouro significava vendas de 50.000 unidades enquanto para a atribuição de disco de prata era preciso vender 30.000 unidades.

Alguns dos nomes em maior destaque foram José Cid, Marco Paulo, Carlos do Carmo, Amália, Carlos Paião, Taxi, José Afonso, UHF e Susy Paula. Dos discos que venderam mais destacam-se os discos de Júlio Iglésias e Roberto Carlos e o disco "Concert In Central Park" de Simon & Garfunkel. Outros nomes em destaque foram Duran Duran, Human League, Classix Nouveaux, Supertramp, Yazoo, FR David, Diana Ross, Clash e ainda as brasileiras Rita Lee e Simone.

O Máxi "Amor" dos Heróis do Mar, editado precisamente em 1982, atingiu o disco de platina. O disco não é referido neste texto. Numa entrevista de1983 é indicado o montante de 50.000 cópias de unidades vendidas. O facto de muitas das unidades serem no formato máxi-single pode ter tido influência na atribuição do disco de platina.

---1982

Emoções - Roberto Carlos [Ouro]
As Minhas Canções Preferidas - Júlio Iglésias [Ouro]
The Concert In Central Park - Simon & Garfunkel [Ouro; dupla platina em 1983]

Outros nomes em destaque:

Duran Duran, Human League, Classix Nouveaux, Supertramp, Yazoo, F.R. David, Diana Ross, Rita Lee, Simone e Clash

-- Portugueses

12 discos de ouro (50.000), 21 discos de prata (30.000)

José Cid, Marco Paulo, Carlos do Carmo, Amália Rodrigues, Carlos Paião, Táxi, José Afonso. UHF e Susy Paula

Fonte: Billboard 26/02/1983; Música & Som

Álbuns em destaque:

Jackpot - Vários (1#1) [ver também 1981]
Duran Duran - Duran Duran (5#1) [ver também 1981]
Ghost In The Machine - Police - #2
Dare - Human League - #2
The Visitors - Abba (9#1)
La Folie - Stranglers - #2
Estou de Passagem - UHF - #4
Saúde - Rita Lee - #4
Vinte Super Bombas - Vários (EMI) (4#1)
Cairo - Taxi (3#1)
Les Uns Et Les Autres - Banda Sonora - #3
La Verité - Classix Nouveaux (2#1)
Roberto Carlos [Emoções] - Roberto Carlos (10#1)
Tug Of War - Paul McCartney - #3
Minhas Canções Preferidas - Júlio Iglésias - #2
Summer Stars - Vários (Polystar) (#1)
Still Life - Rolling Stones - #3
Soul Music - Vários (Atlantic) - #2
Rio - Duran Duran - #3
O Disco de Ouro - Marco Paulo - #2
Avalon - Roxy Music (10#1)
Love And Dancing - The League Unlimited Orchestra - #3
Momentos - Julio Iglesias - #2
Fame - Banda Sonora - #3
Love Over Gold - Dire Straits (3#1)
Superdisco - Vários (Edisom) - #2
O Som do Êxito - Vários (Polystar) (4#1)
Famous Last Words - Supertramp - #2
Concert In Central Park - Simon & Garfunkel - #2

Singles em destaque:

Girls On Film - Duran Duran (3#1)
Patchouly - Grupo de Baile (5#1)
Souvenir - Orchestral Manouevres In The Dark (5#1)
Flor Sonhada - Manuela Moura Guedes - #4
O Areias - Susy Paula - #4
Physical - Olivia Newton John - #2
Under Pressure - Queen/David Bowie - #5
My Own Way - Duran Duran (2#1)
Tonight I'm Yours - Rod Stewart - #3
Flash In The Night - Secret Service (5#1)
Open Your Heart - Human League - #3
A Little Peace - Nicole (1#1)
Never Again - Classix Nouveaux (4#1)
Ebony And Ivory - Paul McCartney/Stevie Wonder (3#1)
Cambodia - Kim Wilde (4#1)
Hungry Like The Wolf - Duran Duran (4#1)
Temptation - Deblanc - #4
More Than This - Roxy Music (6#1)
Amor - Heróis do Mar - #2
Da Da Da - Trio - #4
Words - F.R. David (9#1)
Love is In Control - Donna Summer - #5
Caminhos de Portugal - Mário Gil - #3
Don't Go - Yazoo - #2
Classic - Adrian Gurvitz - #6
The Look of Love - ABC - #5
Made In Japan - Nancy Nova - #2

+

Fonte: Tabelas Música & Som (TV TOP)

A colectânea "Disco de Ouro" de Marco Paulo vendeu mais de 140 mil exemplares (4 discos de ouro). [fonte: wikipédia]

"Baladas de Coimbra" de José Afonso atingiu o disco de prata.

Top português por computador

Música: Top português por computador, mas sem 40 por cento do mercado

A indústria discográfica portuguesa iniciou esta semana um novo top para os discos mais vendidos, que pretende ser mais rigoroso, mas deixou de fora 40 por cento do mercado.

O novo top que, aliás, não difere muito do anterior, que era organizado de forma mais aleatória, não inclui, por dificuldades técnicas, as vendas de discos nas grandes superfícies, as quais somam 40 por cento do mercado.

A nova estrutura do top, apresentada "em nome do rigor, da fiabilidade e de uma melhor informação", é da responsabilidade de uma empresa estrangeira com experiência no sector.

A partir desta semana, a venda de discos é registada no momento da compra, após o que a informação é tratada através de meios electrónicos e informatizados.

É o seguinte o primeiro top, indicando-se entre parentesis a classificação no anterior top:

1 ( 1) - Best Of - Vaya Con Dios 2 ( -) - Vivir - Enrique Iglesias 3 ( 2) - Saber A Mar - Delfins 4 ( 6) - Secrets - Tony Braxton 5 ( 3) - Tragic Kingdom - No Doubt 6 ( 5) - Rio Grande - Rio Grande 7 ( 4) - Tempo - Pedro Abrunhosa 8 ( 7) - Moods 2 - Panpipe 9 (10) - Tango - Júlio Iglésias 10 ( 9) - Spice - Spice Girls

Lusa, 20/02/1997

"Foi em nome do rigor, da fiabilidade e de uma melhor informação que na terça-feira foi apresentado, num hotel de Lisboa, o novo top de venda de discos da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) ."

Público, 1997
 
TOP 30 ARTISTAS
TOP TOTAL
TOP 30 DVD+VHS
TOP COMPILACOES

(...) aqui tá o top total como a A.F.P lhe chama e que tb à muitos anos eu recebo na loja onde trabalho e tb à terça-feira. Como podes reparar na semana de saída do album o "memorial" [disco dos Moonspell] vendeu 1132 cópias enquanto o cd dos "morangos serie 3" vendeu 5952 cópias e a bsonora da novela "dei-te quase tudo" vendeu 3790 daí os Moonspell se encontrarem em 3º lugar do top total ainda que tenham sido eles a venderem mais no top 30 artistas (aquele q dá no top+).

Inf3rm

A.F.P.
TOP 30 - SEMANA 18 [2006]

Posicao Pos.Ant. Semana Galardao Titulo Artista Etiqueta Editora

1 1 5 2P MORANGOS COM ACUCAR 3 BANDA SONORA ORIGINAL FAROL MUSICA FAROL MUSICA 5952

2 2 3 P DEI-TE QUASE TUDO BANDA SONORA ORIGINAL FAROL MUSICA FAROL MUSICA 3790

3 N 1 MEMORIAL MOONSPELL POLYDOR UNIVERSAL 1132

4 3 11 P BEAUTIFUL INTENTIONS MELANIE C FAROL/VIDISCO FAROL/VIDISCO 813

5 4 7 OU UN MONDE PARFAIT ILONA UNIVERSAL MUSIC UNIVERSAL 699

6 9 12 OU PAULO GONZO PAULO GONZO COLUMBIA SONY BMG 631

7 8 3 BREAKAWAY KELLY CLARKSON RCA SONY BMG 589

8 N 1 AO VIVO NO COLISEU TONY CARREIRA ESPACIAL ESPACIAL 541

9 5 12 OU ANUAL MIX 2006- MIXED BY DJ FERNANDO VARIOS ARTISTAS VIDISCO VIDISCO 510

10 10 25 2P ANCORA IL DIVO COLUMBIA SONY BMG 490

Ouro (Gold) 10.000 unidades - Platina (Platinum) 20.000 unidades X P=X PLATINAS (Platinum)

POS - Posiçao POS ANT - Posiçao Anterior SEM - Numero de Semanas no Top GAL - Galardao

Copyright AC Nielsen Portugal

ver também outro top [este de 2008] em formato excel http://www.radiosantana.net/ficheiros/ficheiros/top28.xls

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ponto de Situação 1969



De 30 de Novembro a 1 de Dezembro de 1969 realizou-se, em Ofir, a primeira convenção de editoras promovida pela Arnaldo Trindade. O mercado era sobretudo de EP's (discos semelhantes ao single mas com 4 faixas). Havia poucos artistas portugueses com álbuns: Amália Rodrigues, Pop Five Music Incorporated (da editora Orfeu), Conjunto Académico João Paulo e pouco mais. O formato também era recente. Mesmo de artistas internacionais eram por vezes lançados vários Ep's em vez da edição do LP.

Nesta altura estava prevista a abertura de uma fábrica portuguesa que pudesse produzir discos de vinil a preços mais satisfatórios.

Eram vendidos cerca de 2 milhões de discos. O que representava um aumento de 12% em relação a 1968.

Não existiam qualquer tipo de tabelas de vendas indicadoras dos discos mais vendidos.
(recorte Revista Billboard de 20/12/1969, http://arnaldotrindade.no.sapo.pt/recortes.htm)

O suplemento "A Mosca" (Diário de Lisboa) e a revista "Mundo Moderno" divulgavam listas com alguns dos discos mais procurados em algumas das lojas de discos.

sábado, 6 de março de 2010

Associações Fonográficas Portuguesas


GPPFV
GPPFV - Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas [1977-1985]

O GPPFV - Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas foi fundado em Janeiro de 1977. Era o associado local do IFPI.

Um dos principais objectivos era o combate à pirataria e criar alguma organização entre as editoras após o 25 de Abril de 1974.

Rogério Leal (Rádio Triunfo) foi presidente da GPPFV a partir de 1978. Depois passou a ser Carlos Pinto (CBS). O secretário geral do grupo era o advogado Jorge Abreu. O GPPFV foi substituído pela UNEVA já em 1986.

Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas
Datas de produção GC 1977-01-14 -1983-05-05
Rua Augusto dos Santos, nº 2 4º/Lisboa (Anteriormente situada na Avenida Luís Bívar, nº 93 8º esquerdo/Lisboa); Alteração de estatutos em 1983-04-26

501201025    
GRUPO PORTUGUÊS DE PRODUTORES DE FONOGRAMAS E VIDEOGRAMAS
 

Uneva
UNEVA  - União de Editoras de Vídeo e Áudio [1986-1989]

Associação que sucedeu à GPPFV em 1986. O secretariado geral da União ficou confiado à Sociedade de advogados constituída pelos Drs. Paulo Marques e Jorge de Abreu (secretário do extinto GPPFV). Existiam duas divisões: a divisão de produtores de fonogramas e a divisão de produtores de videogramas. 

"Foi assinada, em 20 de Março de 1986, a escritura de constituição da União de Editoras de Vídeo e Audio, que se substitui ao entretanto extinto Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas." (Revista Autores)

Foi decidida a separação dos ramos do áudio e video em duas novas associações. Em 1989 apareceram a AFP - Associação Fonográfica Portuguesa e a FEVIP - Federação de Editores de Videogramas.

UNEVA - União de Editoras de Vídeo e Áudio
Datas de produção GC 1986-03-20 -1988-08-08

Rua Augusto dos Santos, nº 2 - 2º/São Sebastião da Pedreira/Lisboa; Alteração de estutos em 1987-11-05

501773878
UNEVA - UNIÃO DE EDITORAS DE VIDEO E AUDIO
Rua Augusto dos Santos, n.º 2 - 4.º,  - Lisboa
  
AFP
AFP - Associação Fonográfica Portuguesa 

http://www.afp.org.pt/afp.php

A AFP sucedeu ao GPPFV - Grupo Português de Produtores de Fonogramas e Videogramas e à UNEVA - União dos Editores de Vídeo e Áudio.

A AFP é o Grupo Português da IFPI – International Federation of the Phonographic Industry. Agrupa as principais editoras discográficas que operam no mercado Português e as suas associadas representam mais de 95% do mercado.

Os principais objectivos são a defesa dos direitos e interesses da Indústria Fonográfica e as suas actividades principais são o combate à pirataria das obras protegidas, o acompanhamento do processo legislativo a nível local e internacional, a divulgação de dados estatísticos (Tabelas de Vendas, Levantamentos de Mercado) e atribuição de Galardões.

Paralelamente a AFP desenvolve um trabalho constante de acompanhamento da actividade das diferentes Autoridades policiais e administrativas e presta formação nas áreas técnicas relacionadas com a música gravada.

Fonte: http://www.afp.org.pt/afp.php

Licenciado em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Lisboa, Eduardo SImões foi Director Geral da AFP-Associação Fonográfica Portuguesa desde a sua fundação em 1989 até 2014. Anteriormente foi empregado de balcão das Lojas Valentim de Carvalho, Chefe de Promoção na Polygram Discos, S.A., advogado e consultor de diversas entidades ligadas a actividades culturais. Assistiu e proferiu diversas conferências e apresentações em Portugal e no estrangeiro. Ministrou formação profissional junto das autoridades policiais e militares Nacionais, incluindo acções de formação para a PSP (todas as capitais de distrito, com excepção das Regiões Autónomas), GNR, Brigada Fiscal, Polícia Marítima, etc..

A presidência da AFP cabia às editoras.

AFP - Associação Fonográfica Portuguesa
PT/SGMAI/GCLSB/H-B/001/04454
GC 1989-04-04- 2008-04-05
Rua Augusto dos Santos, nº 2 - 4º/São Sebastião da Pedreira/Lisboa (Anteriormente situada na Rua Augusto dos Santos, nº 2 - 2º/São Sebastião da Pedreira/Lisboa); Alteração de estatutos em 1991-06-06, 1990-04-20

502414855
AFP - ASSOCIAÇÃO FONOGRÁFICA PORTUGUESA
Rua Augusto dos Santos, n.º 2 - 4.º,  - Lisboa

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"São duas as associações de editoras existentes: a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) que reúne as 5 majors e outras 11 editoras nacionais, como por exemplo a Vidisco; e a Associação Fonográfica Independente (AFI) na qual se associam 19 editoras, todas nacionais, designadamente a Movieplay e a Espacial."

José Soares Neves, "Portugal no panorama da indústria fonográfica" (2003)

Os dados divulgados neste blog dizem respeito maioritariamente à AFP que é a representante das principais editoras e a única que fornece dados para efeitos estatísticos.

Por vezes as editoras podem fazer acordos de distribuição com outras editoras. Os primeiros discos da editora Espacial a serem considerados nos números da AFP começaram por serem distribuídos pela Som Livre (actual Iplay).

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vendas de discos 2008

IFPI
Discos mais vendidos em Portugal - 2008

1. O Homem Que Sou - Tony Carreira
2. Just Girls - Just Girls
3. Mamma Mia! - Banda Sonora
4. Terra - Mariza
5. Back to Black - Amy Winehouse
6. Kizomba Brasil - Vários Artistas
7- Concerto em Lisboa - Mariza
8. Viva La Vida or Death... - Coldplay
9. Morangos Com Açúcar vol. 10 - Vários Artistas
10. ABBA Gold - ABBA

O disco de maior êxito só vendeu 37 mil cópias - Mercado perdeu 12 por cento de facturação

A indústria musical encontra-se em crise e a lista dos discos mais vendidos em Portugal em 2008, divulgada pela Associação Fonográfica Portuguesa, assim o demonstra. "O Homem que Sou", o mais recente álbum de Tony Carreira, foi o mais vendido no ano passado, com apenas 37 mil unidades.

A crise atinge todos os mercados e o da indústria musical tem vindo a sentir progressivamente os efeitos penosos desta fase de recessão. 2008 não foi excepção, com uma perda entre 10 e 12 por cento de facturação face ao ano anterior, revelou Eduardo Simões, presidente da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), ao DN. Curiosamente, o disco mais vendido no ano passado foi apenas editado em Novembro desse ano. O disco foi O Homem que Sou, de Tony Carreira, que vendeu apenas 37 mil cópias. No entanto, até ao momento as vendas já ultrapassaram as 100 mil unidades, revelou a editora Farol Música ao DN.

O presidente da AFP comentou que esta quebra revela "um grave problema cultural", que se pode reflectir na "diminuição da aposta na música portuguesa".

"No seu auge a indústria chegou a ter uma facturação de 106 milhões de euros", disse Simões. Desde então houve uma descida de 60 por cento, o que se reflectiu numa "diminuição no número de discos comprados e na perda de mais de metade dos postos de trabalho directos".

A pirataria online de música é o principal factor desta quebra e para a combater a AFP encontra-se em conversações com dois dos principais fornecedores de acesso à Internet, também conhecidos por ISP, de forma a encontrar uma solução para combater esta forma de pirataria. Uma das medidas em negociação teve origem em França e passa pela suspensão do acesso à Net por parte dos ISP. Assim sendo, os piratas não são levados a tribunal, mas antes são avisados pelos operadores de Internet. No caso de continuarem com as acções ilegais o acesso à Internet é suspenso. (...)

A seguir a Tony Carreira, o segundo disco mais vendido em Portugal em 2008 também foi de um português, mais especificamente de quatro portuguesas, da girl band Just Girls, que com o seu disco de estreia, homónimo, editado em 2007, venderam 35 mil cópias. Este grupo de adolescentes, que se formou na telenovela Morangos com Açúcar, é também detentor do DVD que mais vendeu em 2008, nomeadamente "Dança e Canta com Elas", que vendeu cerca de 23 mil unidades.

Já o êxito do musical "Mamma Mia!" teve as suas repercussões na indústria discográfica. Basta ter em atenção que a banda sonora do filme protagonizado por Meryl Streep e Pierce Brosnan foi o terceiro álbum mais vendido em Portugal no ano que passou, enquanto que a compilação "Abba Gold", editada em 1992, ficou em décimo lugar na tabela.

Mariza foi outra das artistas que mais venderam no ano passado, graças aos discos "Terra" e "Concerto Em Lisboa", disco que regista o espectáculo da fadista junto à Torre de Belém em 2005.

No que diz respeito aos DVD musicais, a lista publicada pela AFP demonstra uma tendência que aponta para a venda crescente de DVD de música infantil. Edições como O "DVD do Avô" de Avô Cantigas, "Os Teus Vídeos Mais Divertidos" ou "A Música dos Brinquedos" foram alguns dos DVD musicais que mais unidades venderam.

João Moço / DN, 07/03/2009

Álbuns em destaque:

7-Just Girls - Just Girls 7 #1
Sim - Vanessa da Mata [#3]
Entre Nós - Mickael Carreira [#2]
Perfil - Paulo Gonzo [#2]
Sleep Through The Static - Jack Johnson [#3]
5-Back To Black - Amy Winehouse 5 #1
Thriller 25th Anniversary Edition - Michael Jackson [#2]
7-Kizomba Brasil - Vários 7 #1
Rockferry - Duffy [#3]
3-Sempre de mim - Camané 3 #1
Chão - Mafalda Veiga [#2]
1-Hard Candy - Madonna 1 #1
1-O Melhor de Mim - Marco Paulo 1 #1
Night Eternal - Moonspell [#3]
1-Winx Club - Winx 1 #1
2+2 - Docemania [#3]
The Best Of - Radiohead [#3]
2-Viva La Vida - Coldplay 2 #1
10-Terra - Mariza 10 #1
Perfil - Ivete Sangalo [#3]
Cocktail - Irmãos Verdades [#3]
Best Of 20 Anos de Canções - Tony Carreira [#2]
2-Death Magnetic - Mettalica 2 #1
7-Mamma Mia - Banda Sonora 7 #1
ABBA Gold - ABBA [#2]
Angélico - Angélico [#3]
Canção Ao Lado - Deolinda [#3]
Black Ice - AC/DC [#2]
Mundo de Cartão - André Sardet [#2]
High School Musical 3 - Banda Sonora [#3]
2-The Promise - Il Divo 2 #1
4-O Homem que sou - Tony Carreira 4 #1
Play Me - Just Girls [#2]

(Discos que ocuparam as primeiras posições entre Janeiro e Dezembro de 2008)

Tony Carreira, Mariza e Il Divo lideraram vendas ao longo de 2008 - AFP

Lisboa, 24 Dez (Lusa) - Camané, Mariza, Tony Carreira, Il Divo e Abba foram alguns dos artistas que mais se destacaram este ano em Portugal, ocupando várias semanas o primeiro lugar de venda de discos, segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP).

Na semana que antecedeu o Natal, o cantor romântico Tony Carreira foi o artista que mais vendeu, com o álbum "O homem que sou", quádrupla platina (80 mil unidades vendidas), mas ao longo de 2008 vários artistas passaram pelo pódio dos mais vendidos.

Destaque para "Kizomba Brasil", álbum editado no primeiro trimestre de 2008 que reúne temas da música brasileira reinterpretados ao estilo africano do kizomba, e que esteve várias semanas no top, atingindo a platina (20 mil cópias).

Quem ocupou o primeiro lugar foi a fadista Mariza, por conta do álbum "Terra", duplamente platinado, enquanto Camané ascendeu ao primeiro lugar com "Sempre de mim".

Ao longo do ano vários artistas mantiveram presença assídua, como Mariza, os Il Divo, as Just Girls e os Deolinda, com o platinado álbum de estreia "Canção ao lado".

Com presença mais fugaz estiveram Amy Winehouse, nas semanas que rodearam a sua actuação no Rock in Rio Lisboa, e Metallica, com o álbum "Death Magnetic".

A "febre" dos ABBA também chegou este ano a Portugal, muito por culpa do musical "Mamma Mia!", com a banda sonora original do filme a escalar rapidamente na tabela, posicionando-se actualmente no quarto lugar com dupla platina.

A colectânea "ABBA Gold" do quarteto sueco figura em sexto lugar.

Nos DVD, os que registam mais vendas, segundo dados da AFP, são "Concerto em Lisboa", de Mariza, "Live at Wembely Stadium", dos Queen, "O DVD do avô", do Avô Cantigas, "Ao vivo no Pavilhão Atlântico", dos Xutos & Pontapés, e "Dança e canta com elas", das Just Girls.

SS. - Lusa/JN, 24/12/2008

Quebra de facturação é culpa da pirataria digital, diz director da AFP

Lisboa, 20 Mar (Lusa) - A pirataria digital é a principal responsável pela quebra das vendas de música em 2008 em Portugal, disse à Lusa o director da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), sublinhando que "está tudo ainda por fazer" para a combater.

De acordo com a AFP, a venda de música em Portugal, em formato áudio e digital, sofreu em 2008 uma quebra de 11,5 por cento (5,1 milhões de euros) comparando com o ano anterior.

Para o director da AFP, Eduardo Simões, este cenário de quebra está directamente relacionado com a pirataria de música na Internet, embora não se possa descurar "o ambiente económico depressivo".

"O download ilegal é um crime e tem sido relegado para terceiro plano pelo governo e pelas autoridades. Há gerações que não compram música, só fazem downloads pela Internet e há um trabalho que está ainda por fazer", lamentou Eduardo Simões.

Em 2008, as editoras discográficas facturaram 39,3 milhões de euros (ME) em vendas de música em formato áudio e digital, ou seja, menos 5,1 ME em comparação com 2007, ano em que facturaram 44,5 ME.

Eduardo Simões sublinhou que ao nível da pirataria física, por exemplo de cópias ilegais de CD, o trabalho de fiscalização tem sido feito, mas o mesmo não acontece ao nível digital.

Nesta guerra contra a pirataria, o director da AFP reconheceu que a indústria discográfica não respondeu com eficácia, mas recordou que a concorrência é "desleal" e "brutal".

"É muito difícil o iTunes conseguir singrar se num site ao lado um mesmo álbum for disponibilizado gratuitamente. O crescimento do digital legal está bloqueado pelo ilegal", disse o responsável.

O director da AFP apela a uma sensibilização do público, sobretudo entre os 20 e os 30 anos, para questões como os direitos de autor e de propriedade intelectual e espera uma mudança de atitude do poder legislativo.

Apesar do cenário pessimista, Eduardo Simões sublinhou que a música portuguesa está de boa saúde e é a única que dá mostra de alguma vitalidade, uma vez que a pirataria afecta sobretudo a música estrangeira.

A música mais vendida em Portugal é estrangeira (15,5 milhões de euros), mas a diferença não é muito acentuada em relação ao repertório português, que registou 11,6 milhões de euros de facturação, 32 por cento do total.

Segundo Eduardo Simões, a percentagem da música portuguesa do total de vendas tem aumentado nos últimos anos, sinal de que a pirataria não tem afectado tanto o repertório nacional.

Recorde-se que o artista português que mais vendeu em 2008 foi Tony Carreira, com o álbum "O homem que sou", e a nível internacional, a que mais vendeu no mercado nacional foi a cantora britânica Amy Winehouse, com o álbum "Back to black".

SS. - Lusa/fim

Lisboa, 20 Mar 1999 (Lusa) - A editora Universal Music Portugal foi a que mais facturou com as vendas de música no mercado português em 2008, segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) divulgados hoje.

Do total de vendas de música em áudio (CD) e audiovisual (DVD) em 2008, que somou 41,2 milhões de euros, a Universal Music Portugal facturou 9,1 milhões de euros (22,1 por cento), com a venda de álbuns de artistas como Amy Winehouse, Metallica e ABBA.

Do catálogo da Universal fazem ainda parte, entre outros, os portugueses Xutos & Pontapés, Moonspell, Carlos do Carmo e David Fonseca, e os internacionais U2, Tokio Hotel e Duffy.

De acordo com o relatório da AFP, a Farol surge em segundo lugar entre as editoras que mais facturaram em 2008, com 7,2 milhões de euros de encaixe.

Apesar de se posicionar em segundo lugar, em 2008 os artistas que mais venderam em Portugal assinam pela Farol: Tony Carreira na tabela dos álbuns e as Just Girls e Avó Cantigas no mercado dos DVD musicais.

Além destes artistas, a Farol representa ainda André Sardet, Rita Guerra, REM ou My Chemical Romance.

A Sony Music, que liderou o mercado em 2007 e edita artistas como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Paulo Gonzo e Buraka Som Sistema, surgiu em 2008 em terceiro lugar com 6,1 milhões de euros de facturação.

Em quarto lugar posicionou-se a EMI Portugal (Mariza, Camané, Da Weasel, Coldplay), com 5,7 milhões de euros, segundo a AFP.

JN - SS/PZF. - Lusa/fim

Apesar da crise, em 2008 a quebra de vendas ficou aquém dos valores registados em 2007.

Os suportes digitais continuaram a crescer.

As vendas de discos continuam a cair, confirmando uma tendência apresentado nos últimos anos. Em 2008 o mercado discográfico português só facturou 44.332.628,09 euros. Ou seja menos 12,47 por cento que em 2007. Curiosamente, num período marcado pela crise económica mundial, esta acentuada quebra consegue ficar aquém da oscilação de 13,6 por cento sentida entre 2007 e 2006.

No entanto, a facturação de alguns suportes até cresceu. É o caso do segmento digital. Em 2007, os downloads de músicas e toques de telemóvel valeram ao sector 2.631.520,89 euros. No ano passado, esse montante aumentou quase 16,9 por cento, para 3.077.128,18 euros. De acordo com a Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), foram aquiridos 46.043 álbuns, 423.077 singles, principalmente de artistas internacionais, e 829.347 toques de telemóvel.

Este cenário não é novo. Desde o ano 2000 até hoje, as vendas desceram de 105,8 milhões de euros para os actuais 44,3 milhões, e o sector perdeu aproximadamente 138,8 por cento da sua facturação. A maior quebra bianual, na ordem dos 64 por cento, registou-se entre 2002 e 2004. Entre 2004 e 2005, as vendas até subiram 4,3 por cento, chegando aos 63,5 milhões de euros, mas de então para esta parte não pararam de descer.

Contudo, dentro dos suportes físicos houve dois que cresceram, apesar do seu peso ser reduzido. As vendas de LPs em vinil, por exemplo, subiram assim 1883,01 por cento. E enquanto em 2007 foram vendidos 206 discos de vinil, em 2008 este valor subiu para 4.085. Este número pode parecer modesto, e não inclui os álbuns importados pelas lojas, mas ilustra um fenómeno interessante. Os singles, por outro lado, cresceram 186,34 por cento, das 41.815 unidades vendidas em 2007 para as 119.731 de 2008.

Mas de acordo com o relatório apresentado hoje, os CD continuam a ser a principal fonte de rendimentos das editoras nacionais. Em 2008 venderam-se 6.309.704 cópias, que valeram às empresas do sector perto de 36 milhões de euros. Menos 6,44 por cento que em 2007, quando foram adquiridos 6.744.318 álbuns. Eduardo Simões, da AFP desvaloriza por isso o aumento das vendas de singles e discos de vinil. "É um nicho de mercado", sublinha.

E se é verdade que a música mais vendida continua a ser estrangeira, a diferença para o repertório nacional já não é muito acentuada. Em 2008, contando apenas o áudio físico (ou seja, CD, cassetes e LPs), os discos nacionais corresponderam a 32,01 por cento do mercado contra os 42,8 por cento o repertório internacional. Em 2007, por outro lado, estes valores oscilavam entre os 55,82 por cento e os 29,98 por cento.

Convém ainda notar que, ao nível dos discos de música portuguesa em full price, o pop/rock continua a ser o género mais popular, reunindo 55 por cento das vendas. Já o fado foi o género que mais cresceu. Enquanto em 2007 correspondia apenas a 9,7 por cento dos álbuns vendidos, no ano passado chegou aos 20 por cento. Já a música ligeira, desceu para os 10,8 por cento, contra os 20 por cento de 2007.

Luis Filipe Rodrigues / DN, 21/03/2009



Universal - 22.98%
Sony Music - 16.37%
Farol - 16.24%
EMI - 14.31%
Vidisco - 9.12%
iPlay - 7.19%
Espacial - 6.1%
Warner - 6.05%
Ovação - 0.97%
Edel - 0.68%

Levantamento do mercado

Repertório internacional - 39.9%
Repertório Regional - 6.76%
Repertório Clássico - 2,88%
Repertório Nacional -29,84%
Compilaçóes - 20,61%

AFP


Discos mais vendidos - 2008

1 - O Homem Que Sou - Tony Carreira
2 - Just Girls - Just Girls
3 - Mamma Mia - Banda Sonora
4 - Terra - Mariza
5 - Back To Black - Amy Winehouse
6 - Kizomba Brasil - Kizomba Brasil
7 - Concerto Em Lisboa - Mariza
8 - Viva La Vida Or Death And All His Friend - Coldplay
9 - Morangos Com Açucar Vol. 10 - Banda Sonora
10 - Abba Gold - ABBA
11 - Para Além da Saudade - Ana Moura
12 - Canção Ao Lado - Deolinda
13 - The Promise - Il Divo
14 - Morangos Com Açucar 5 - Banda Sonora
15 - Orbital Dance Hits - Vários (Vidisco)
16 - Now 18 - Vários
17 - Death Magnetic - Metallica
18 - Mundo de Cartão - André Sardet
19 - Fantasminha Brincalhão - Avô Cantigas
20 - Sempre de Mim - Camané
21 - Best Of 20 Anos de Canções - Tony Carreira
22 - Now 17 - Vários
23 - Winx Club - Winx
24 - The Story - Brandi Carlile
25 - Nº1 Anos 80 - Vários (EMI/Vidisco)
26 - Play Me - Just Girls
27 - Perfil - Paulo Gonzo
28 - High School Musical 3 - Banda Sonora
29 - Scream - Tokio Hotel
30 - Summer Mix Mixed By Dj Danilo - Vários (Vidisco)
31 - Hard Candy - Madonna
32 - Portugal Night 2008 - Vários (Farol)
33 - Voo Nocturno - Jorge Palma
34 - Rockferry - Duffy
35 - Fado Maestro - Carlos do Carmo
36 - The Collection - Katie Melua
37 - Fascínios - Banda Sonora
38 - 2+2 - Docemania
39 - O Melhor de Mim - Marco Paulo
40 - Lado A Lado - Mafalda Veiga/Joao Pedro Pais
41 - Best Of Kizomba Mixed By Dj Daniel - Vários (Vidisco)
42 - Tributo A Carlos Paião - Vários (Farol)
43 - Angélico - Angélico
44 - Now 19 - Vários
45 - Kizomba Mix Vol.2 - Vários (Vidisco)
46 - As I Am - Alicia Keys
47 - 100 Hits Dancefloor - Vários (Vidisco)
48 - Anual Mix 2008 Mixed By Dj Fernando - Vários (Vidisco)
49 - A Vida Que Eu Escolhi - Tony Carreira

Fonte: AFP

Os dados da Associação Fonográfica Portuguesa referem uma quebra de 11,5% em 2008 face ao ano anterior em termos de comercialização da música. A redução de venda de CD não está a ser compensada pela venda de downloads (Expresso de sábado).

Entretanto, a Associação Fonográfica Portuguesa indica acções contra a pirataria. Por exemplo, ontem, na Feira de Estela (Póvoa de Varzim), houve a apreensão de 11993 cópias pirata de obras fonográficas e videográficas e que estavam na posse de vendedores portugueses e marroquinos.

Posted 30th March 2009 by Rogério Santos / Indústrias Culturais


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